Lula, o passado e o futuro

Daqui a instantes, numa rápida solenidade no Tribunal Superior Eleitoral – que você pode assistir ao final do post, Luís Inacio Lula da Silva receberá, pela terceira vez, o diploma de presidente eleito da República do Brasil, quase 20 anos depois daquele dia 14 de dezembro de 2002, ter conseguido como ele próprio diz sempre, , “o primeiro diploma que teve na vida”.

Em tempos antigos, uma geração; com a velocidade dos tempos modernos, duas. E esta conta é mais precisa, porque andamos para frente, depois para trás e, de novo, nos animamos a seguir adiante.

Os povos, ao contrário dos indivíduos, não podem desanimar, esmorecer, desistir da busca de seus desejos e de seus destinos, ainda mais quando é o povo brasileiro, tão grande, tão cheio de diversidade e de originalidade, fadado a ser uma parte brilhante do futuro humano. Não é vanglória ou ufanismo, é algo indissociável da nossa imensidão territorial, das nossas riquezas, do nosso potencial criativo (ao qual, pejorativamente, costumam chamar de jeitinho) e da nossa diversidade étnica (à qual também desprezaram como mestiçagem).

Lula encontra um país, em muitos sentidos, pior do que o que recebeu 20 anos atrás. Nem tanto pela pobreza retornada, nem tanto pela elites descrentes no país que as enriquece a padrões europeus ou norte-americanos, deixando ao povo patamares senegalescos. Mas porque semeado de ódio, como num terreno a tiririca (que os cientistas batizam como Cyperus rotundus), uma invasora que, depois que se espalha, toma tempo e determinação para se extirpar.

Quem o quiser fazer com fúria, fracassará.

Mas o país também encontra um Lula diferente, mais mais diplomas: o da vida, que o levou a governar pela primeira vez e o pós-graduação de quem vai fazê-lo pela terceira vez e já não tem muitos segredos a desvendar.

Talvez o mais difícil, do qual passou perto de solver tempos atrás, seja o de fazer o Brasil acreditar em si mesmo e em seu povo, porque sem ele não haverá Brasil nenhum.

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