Amanhã tinha tudo para ser um dia para o mercado financeiro “andar de lado”: dia enforcado entre um domingo e o feriado de terça, mercado americano fechado por ser Dia do Trabalho por lá nesta segunda-feira…
Mas é possível que as placas se movam, a começar logo cedo com os dados do Boletim Focus, do BC, onde se registram os prognósticos de instituições financeiras. Pela amplitude de pesquisa, com mais de uma centena de previsores, as alterações do Focus não costumam ser bruscas, mas mesmo pequenas, são geradoras de diagnósticos de tendência.
A previsão de inflação, ainda irreal, vai se aproximar dos 7,5%, valor que ainda está aquém das expectativas mais acuradas, mas acima das previsões orçamentárias do Governo. A taxa do mês de agosto vai passar dos 0,8%, contra uma expectativa de metade disso no início do mês
Os juros oficiais (Selic) devem subir ainda mais, até porque o presidente do BC prometeu agir contra os efeitos da alta da energia. BC agir, como se sabe, é subir juros.
E que é, também, descer PIB, que vai ficar logo acima dos 5% ao ano, embora arrisque nem chegar a isso.
Na Folha, este domingo, surge outra ameaça: como se antecipou aqui, acabou a boa vontade do Supremo de homologar o “arranho” que se faria para adiar para o próximo governo o pagamento dos precatórios previsto para 2022.
“A analogia feita por integrantes do Judiciário é de que não é inteligente alimentar um “bulldog que segue rosnando” e não dá sinal de paz”, diz o jornal. Ainda mais com o bulldog cercado de pitbulls e de cães policiais.
A costura da “pedalada” pela via administrativa esfriou e voltou a entrar em pauta a “PEC do Calote” e, portanto, abrindo riscos sérios para ser aprovada.
Bem, isso fora energia, vaca louca, confusão da reforma do IR, do Código Eleitoral…