Se, como no mês passado, a prévia da inflação oficial (o IPCA-15) ficar igual ou maior que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal da Fundação Getúlio Vargas, apurado também na primeira quinzena do mês, a marca dos 10% de inflação anualizada terá sido rompida pela primeira vez em cinco anos.
O IPC-S divulgado hoje, com preços levantados até ontem, subiu a 1,1%, ante os 0,82% registrados até o dia 15 de agosto.
Como o IPCA-15 de agosto, com produtos e pesos semelhantes, foi de 0,89% em agosto, nada indica que a prévia oficial vá ficar abaixo disso.
Só metade do impacto do reajuste da energia está nesta conta e ela pode ficar mais salgada também pelo frete de mercadorias e, alta. Segundo o Valor, as transportadoras estão pedindo aumentos de 5 a 10% no valor de seus serviços por conta do preço dos combustíveis.
A coisa só não foi pior porque as chuvas no entorno das nas áreas metropolitanas ajudaram no preço das verduras e hortaliças, segurando um pouco o peso do grupo alimentação nas medições da FGV, o que deve se repetir nas do IPCA-15 do IBGE, por enquanto.
Isso se, mesmo sem “barulho político”, como reclama Paulo Guedes, não mantiver o dólar nas alturas em que está: roçando os R$ 5,27.