D. Maria Maluf, diante das brigas entre os filhos pelo controle da Eucatex, principal empresa da família, cunhou a frase “não se depena a galinha ainda viva”.
Depois de ontem, parece que outra ave, um tucano, já pode merecer o atestado de óbito e, portanto, começa a briga pelo espólio.
A bancada bolsonarista do PSDB – e a definição é de Arthur Virgílio Neto, franco-atirador nas prévias mas da velha guarda tucana – tende a seguir o pacto que Aécio Neves, o fantasma que vaga pelos escombros do partido, fizer com o partido, inclusive não ter candidato e liberando o apoio ao atual presidente.
Doria se manterá candidato – se conseguir o posto de inventariante do tucanato – até o momento de aderir a Moro, impossível de precisar hoje: pode ser logo, pode ser demorada e veladamente, o que lhe for melhor.
Tem a máquina estadual, tem as prefeituras da capital e, sobretudo, as do interior e, por tudo isso, a certeza de que terá um pedaço importante do eleitor paulista para colocar sobre a mesa de negociações.
Geraldo Alckmin, neste momento, corre atrás do que puder reunir dos escombros do partido e, com a história de uma suposta vice-presidência com Lula, saiu de Pindamonhangaba e voltou a ser notícia nacional. Não tem a opção Bolsonaro, dificilmente terá a opção Moro e ainda sofre a pressão do “amigo” Márcio França, que quer o lugar que lhe foi prometido no governo anterior de Alckmin no Palácio dos Bandeirantes.
Completam o quadro da direita o inevitável Paulo Skaf, que volta à cena em dezembro, e José Luiz Datena, , que a gente nunca sabe se será, e até quando, candidato e a quê.
De uma forma ou outra, todos se preparam para destrinchar o PSDB, assado e bem queimado, que jaz sobre a mesa paulista.