Num discurso a empresários da Confederação Nacional da Indústria, Jair Bolsonaro deixou bem claro que considera uma de sua maiores realizações “armar o homem do campo”.
“Vamos ajudar o homem do campo a se armar. “
Segundo ele, o fazendeiro só podia “usar sua arma dentro de casa”. E, agora, “ele pode subir num cavalo, entrar num carro e rodar todo o perímetro da sua propriedade armado”.
“E se for CAC [caçador, atirador desportivo ou colecionador de armas], armado de [fuzil] 762.”
Que maravilha, não é?
É a legalização, com o apoio presidencial, do padrão Velho Oeste nas áreas rurais.
Junto a esta beligerância, apontou como “conquistas” ter tirado o apoio de Organizações Não Governamentais – mesmo admitindo que há Ongs boas”, falou que é como tratar um câncer, quando “é necessário matar células saudáveis” e ter acabado com a demarcação de terras indígenas, para os ruralistas poderem dormir tranquilos sem o medo de perder “a propriedade que herdaram do bisavô”, para atacar a ideia de não fixar o marco temporal para as comunidades indígenas em 1988.
Índios, para Jair Bolsonaro, não têm bisavôs.