O Jair boca-suja voltou para ficar

Na Folha, Jair Bolsonaro volta a apostar em palavrões e no discurso com ataques abaixo da linha da cintura dos adversários. No O Globo, retoma o caminho do charlatanismo e das fake news, dizendo que a vacina contra a Covid “provoca” embolia e trombose.

“De quebra, ainda diz que, por ele, nem teria vacinação, “só o PCR”, exame que mostra se a pessoa está com i vírus ativo ou não.

É o velho e ruim Jair Bolsonaro de volta, depois de três meses aparentando estar semicivilizado.

Não era difícil prever que isso aconteceria, desde que ele tentou demonstrar ter se elevado da selvageria para a mera estupidez, a partir do seu frustrado Sete de Setembro.

Mais ainda porque o presidente atribui a esta ‘mansidão’ as perdas eleitorais que veio sofrendo desde então. Não é a isso que se devem, é claro, mas ao aguçamento da crise e à percepção de que se trata de uma figura de comportamento absolutamente incompatível com o exercício da chefia de Estado de um país com as dimensões do Brasil.

O essencial, para ele, é voltar a agitar sua trupe, que andava cabisbaixa, depois de ver o “Mito” renegar tudo o que encenou para alçar-se à condição de ídolo dos idiotas.

E com Moro insinuando um Bolsonaro com mais modos e com mais ódio a Lula, mais de crista-baixa ficaram.

Diga-se o que se disser de Bolsonaro, não se lhe pode negar que seja um intuitivo e percebeu isso.

Conta que a manutenção ou até uma pequena elevação que lhe dê o auxílio emergencial entre os mais pobres, a influência dos evangélicos e a estupidez remanescente em segmentos da classe média são sua melhor aposta em ir ao segundo turno e, lá, arrebanhar os votos de todo o antilulismo e antipetismo.

E Moro? Para além da “badalação” em teatros e shoppings, a pretexto de lançamento de sua autobiografia, os avanços políticos são muito poucos. O que contava usar como trunfo, um crescimento rápido nas pesquisas, ao que parece, deu chabú.

As “revelações” sobre Bolsonaro, fracas e já conhecidas, também não surtiram efeito. Está visivelmente sem outro discurso senão da “corrupção” e balbuciando opiniões sobre economia que o indicaria para Conselheiro Acácio do “mercado”.

A nova escalada de Bolsonaro apenas começou e, como diz o outro, é bom prepararem-se para tirar as crianças da sala.

 

 

 

 

 

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