Os integrantes do Movimento Brasil Livre, o MBL, ao Podemos, marcada por uma filiação do grupo ao partido de Moro, no dia 26 próximo, não tem, claro, grande significação em si.
A seriedade do grupinho liderado por Kim Kataguiri pode ser representado pelo seu candidato ao governo paulista, o tal “Mamãe Falei” e, portanto, não diz nada, a não ser que Moro consegue alguns “treteiros” de internet, a esta altura já mumificados pelo tempo.
Quem é adepto do MBL, em São Paulo, já é, provavelmente, potencial eleitor de Moro, pois os ex-garotos conseguiram notoriedade à sombra da Lava Jato.
Aliás, nos diálogos surgidos na Vaza Jato Moro chama-os de “tontos do MBL” por conta de manifestação feita contra o ministro Teori Zavaski. Moro disse que “não lembrava” disso e, ainda assim, pediu-lhes desculpas.
Amigos de longa data e para sempre, portanto.
Mas há um sinal que este gesto emite e que, ele sim, é importante: o que minguaram até o tamanho de um grão de areia as possibilidades de uma aliança entre o ex-juiz e o governador João Doria, ex-guru e agora desafeto dos guris.
Mesmo capengando nas pesquisas, Doria teria a força da máquina para empurrar Moro no maior eleitorado do país.
O MBL, ao contrário, pode fazer alguma marola, mas não moverá o eleitorado paulista. Em compensação, ganha o controle do Podemos em São Paulo e eo direito a atuar como “grupo independente” no partido, fora do poder da direção nacional.
Leia-se, de Moro.