Alguém lembra da “matemática” genial de Jair Bolsonaro dizendo que, como o PIB de 2020 tinha sido de -4% e o de 2021 seria de 2021 ficaria em 5%, a “conclusão” do sujeito foi de que nós tínhamos crescido 9%:
“Nós vencemos o ano passado, estamos vencendo este. Alguns projetam já um crescimento de 5% positivo este ano. Se é 5% positivo, o ano passado foi 4% negativo, crescemos 9%. Isso é um milagre, é uma coisa inacreditável”, afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan Itapetininga.”
Com os número do IBGE para o PIB de 2021 divulgados hoje cedo, é possível anotar em caneta vermelha na prova do ex-capitão: se estabelecermos que o PIB de 2019 é 100, o de 2020 terá sido 100 menos 3,9% destes 100, ou 96,1. Se aumentou 4,6% em 2021, multiplica-se estes 96,1 por 1,046 e o resultado será o 100,52, ou seja de uma alta de 0,52% sobre os 100 de 2019.
Como as previsões do PIB (otimistas e mais ameaçadas agora com a nova crise no mundo) são de alta de o,3%, o crescimento total do PIB no mandato de Jair Bolsonaro (2019 -2022) acumulará, com sorte, 2,03%.
Já seria muito pouco para um ano, que dirá para 4 anos.
E pode ser pior, porque a partir do final de 221, quando a taxa de juros públicas passou do negativo (menor que a inflação) para o positivo (ganho real), investir ficou mais amargo para os brasileiros, ainda que, temporariamente, o país esteja barato para o capital estrangeiro.