No dia em que o Brasil voltou a registrar, depois de 28 anos, uma inflação no mês de março, o sujeito que ocupa a presidência da República produziu uma declaração que foi para a capa dos sites de notícias:
“Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…“, escreveu ele, debochando da declaração de Lula e Geraldo Alckmin de que eram companheiros na missão de derrotá-lo em outubro.
A carestia, que apavora os mais pobres todos os dias, essa não mereceu nem um comentário, nem uma providência exceto a política de catar moedas para distribuir, como “santinhos”, na cata de votos.
Política econômica, nem pensar: estamos ao sabor dos ventos, da guerra, das commodities e do capital de aluguel que entra atrás dos juros e sairá assim que lucrar com a diferença de taxas.
Espera-se, kkkkkkkkkkkkkk…, que isso aconteça depois de capturados os votos dos otários que gritam pelo “Mito”.
Bolsonaro ri, na verdade, a idiotice socialmente espalhada por uma sociedade em que o ódio tomou o controle dos cérebros e boa parte da classe média o apoia exatamente pela estupidez e brutalidade que ele expressa e que ela própria acha, mesmo que uma parcela não o diga, a forma de “dar um jeito neste país”.
São radicalmente “contra a corrupção” exceto, claro, a de lotear bilhões da verba pública com o Centrão, porque, afinal, Bolsonaro precisa “governar”, ainda que isso seja basicamente andar de motocicleta, comer pastel, sacolejar num cavalo ou vomitar ofensas e palavrões.
Sua desconexão com a realidade parece infinita. A culpa pelos aumentos de preços e pela crise econômica é, quando não dos “comunistas” dos criptocomunista do “fica em casa”, ainda que tenhamos ficado tão pouco que nos morreram quase 700 mil pessoas.
E daí?