Como se diz aqui faz tempo, não há como a eleição de São Paulo escapar da polarização Lula x Bolsonaro também na escolha do novo governador do Estado.
É o que, de novo, mostra pesquisa Ipespe, com mil entrevistas entres 6 e 9 de abril, divulgada hoje.
Na pergunta mais próxima da realidade, a que define o voto de acordo com o apoio do candidato a presidente, Haddad segue liderando, com 39% – oscilação de -2% em relação à mesma pesquisa do mês anterior – a Tarcísio de Freitas, puxado por Bolsonaro, deixa muito longe o candidato do PSDB no Estado.
A insistência de Márcio França em candidatar-se, ao contrário do que alguns alegam, não é positiva para Haddad, que precisa de cada voto possível para marcar uma diferença expressiva no primeiro turno e enfrentar a carga do bolsonarismo, que é essencialmente feita com o antipetismo herdado de 2018 e sempre forte em São Paulo, onde o partido nunca venceu eleições estaduais.
Lula não poderá trabalhar apenas por Haddad e Alckmin, idem.
Se é preciso uma frente ampla para o país, como se vai justificar uma candidatura “quero porque quero” ao governo do Estado?