A cena não podia ser mais dantesca: o agente penitenciário Jorge Guaranho invade armado de pistola uma festa de aniversário, cheia de mulheres e crianças para ameaçar o aniversariante petista, grita “Aqui é Bolsonaro”, sai, volta e atira contra o guarda municipal Marcelo Arruda, que depois das ameaças tinha pego sua arma no carro. Marcelo identifica-se como guarda municipal, sua mulher, Pamela, como policial civil, mas Guaranho dispara ainda assim. Marcelo, mesmo mortalmente ferido, dispara e mata seu agressor.
É disto que se vem falando quando se trata de maneira jocosa e quase divertida a escalada de atos violentos que o bolsonarismo, sob o discurso armamentista de seu chefe.
E que agora, diante de duas mortes, continua tratando.
Embora várias testemunhas tenham relatado o episódio em detalhes e tudo o que foi narrado aqui esteja registrado pelos policiais militares que foram chamados, os jornais noticiam “passando pano” para a motivação política da agressão:
“Palavras de ordem contrárias à ideologia do aniversariante”, vejam só…
A Folha também vai por aí escrevendo que “o PT fala que foi crime de ódio”, embora tenta tido acesso a todo o relato ao Boletim de Ocorrência que linkei acima.
Que vergonha!