A cinco domingos da eleição, a pesquisa Ipec é o melhor que poderia ser para Lula.
Manteve, sem nenhuma perda, a folgada vantagem de 12 pontos para Jair Bolsonaro da pesquisa anterior da empresa que sucede o Ibope, mesmo tendo se completado o pagamento do “Auxílio-Brasil”. A ver os recortes, mas qualquer perda que tenha sofrido entre os beneficiários da “bondade eleitoreira” de Jair Bolsonaro terá sido largamente compensada em outros segmentos.
Ou, o que é mais provável, amostras pequenas (2 mil eleitores, em cerca de 150 milhões), quando “picotadas” podem trair a exatidão.
Mas isso é detalhe, o cerne da pesquisa é a cristalização dos votos que segue, há meses, inamovível: entre 70 e 80% dos votos em um ou em outro, sem sinal de novidades.
Afinal, os microcandidatos Ciro Gomes e Simone Tebet, exibidos a milhões de eleitores no Jornal Nacional, avançaram 1% (ou fração disso, por conta dos arredondamentos, no eleitorado nacional.
Mesmo assim, Lula conserva a maioria absoluta, dentro da margem de erro: 44% contra 43% da soma dos adversários. Ou, nos votos válidos, 51% a 49%.
O segundo turno não teve alteração: 50 a 37% ou 57,5 a 42,5%, nos válidos.
Bolsonaro vem com tudo, ninguém se iluda. O foco é manter a propaganda no horário eleitoral e focar a realidade do povão.
Que os marqueteiros de Lula atentem para o que se passou ontem: recuar demais é um risco perigoso.