Infelizmente, a versão integral da reação de Lula às falas de Jair Bolsonaro no Sete de Setembro na Globonews não está disponível no Youtube (mas você pode assistir aqui, em todos os seus 11 minutos).
(PS. Depois de publicado este post, a campanha de Lula publicou a versão completa do vídeo, que vai reproduzida ao final)
Pena, porque o ex-presidente deu uma resposta demolidora, um verdadeiro nocaute não só na manipulação da data nacional como ferramenta de campanha como uma sequência de pancadas irresistíveis no discurso bolsonarista sobre corrupção, cobrando todos os casos escandalosos ocorridos no atual governo e, sobretudo, um direto no queixo do atual presidente, questionando porque ele não fala dos problemas reais da população.
Lula percebe que o adversário parece ter esgotado seus golpes e parte, agora, para o contra-ataque à pancadaria que há anos veio resistindo, estoicamente. Tratou abertamente de suas vitórias judiciais, contrapondo-as às sucessivas decretações de “sigilo de 100 anos” com que Bolsonaro que defende das que são feitas contra ele.
O canal a cabo veiculou o discurso de Bolsonaro e, para preservar o equilíbrio, deu voz a Ciro Gomes e Simone Tebet para comentarem a sua fala. Ambos reagiram comentando, de forma razoável e coerente, mas só Lula tomou a postura correta, de responder, de igual para igual, ao atual presidente.
Disse que é ele quem deve dar explicações sobre sua conduta, porque ele as deu à Justiça, onde venceu 26 vezes, enquanto o atual presidente não teve nenhuma julgada. E pediu que, em lugar de comparações com Venezuela e Nicarágua, Bolsonaro deve comparar a seu governo aos que foram os dois mandatos do petista.
Pois é assim a realidade, um ou outro; apenas um ou o outro.
Não dá para imaginar, depois de hoje, tanto por Bolsonaro quanto por Lula, que se possa “brincar com o perigo”. Ninguém desejou que os brasileiros estivessem diante de uma escolha binária inescapável.
Mas estamos. Quem quiser brincar, saiba o que está fazendo.
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