Mais duas pesquisas, mostram um quadro de maior favoritismo de Lula nas eleições de daqui a quatro dias.
Na Quaest, repete o patamar medido em todos os levantamentos já publicados esta semana: Lula lidera com 7% dos votos totais e 6% nos válidos (o que só se explica por arredondamentos, já que as diferenças, entre os válidos, são iguais ou maiores que entre os votos totais, por óbvio).
Na Poder Data , a diferença que estava em apertados quatro por cento, sobe para seis (53% a 47% de Bolsonaro).
É obvio que pesquisas de opinião são eficazes – e não perfeitas, claro – na detecção do as intenções de voto, mas continuo acreditando que, porque são empresas e, como tal, sujeitas à pressão do governo, tenho certeza de que todas elas guardam uma certa prudência, até porque, numa eleição muito disputada, um ou dois pontos de oscilação têm um peso imenso.
Ninguém põe o pescoço debaixo da espada e eu prefiro acreditar que a turma do mercado financeiro, mais capaz do que qualquer jornalista no campo da inside information que, há três dias seguidos, mantém um cenário de baixa confiança na vitória de Bolsonaro.
Eles sabem que, para além das pesquisas, o episódio Roberto Jefferson – mais do que os outros escândalos recentes – no mínimo bloqueou as possibilidades de crescimento das intenções de voto do atual presidente.
Atenção, portanto, para a única reação possível: armar escândalos de reta final, único recurso que resta a Bolsonaro.