Por mais que os que têm o voto definito e inegociável torçam para que os debates de 2° turno sejam um massacre do candidato que apoiam sobre o que rejeitam, não é assim que se medem os efeitos de um confronto destes.
A primeira premissa é de que, numa eleição onde mais de 90% os votos estão cristalizados, os efeitos serão necessariamente pequenos.
Mas, justamente pelo equilíbrio da disputa, mais decisivos são.
E justamente por isso, penso que o resultado do confronto de ontem foram excelentes para Lula e desastrosos para Bolsonaro, embora o primeiro não tenha podido ser exatamente como é e o segundo tenha sido um fiel retrato de si mesmo.
Lula foi menos gentil do que costuma ser, mas Bolsonaro foi exatamente o “valentão de botequim” que lhe habita os modos, desconcertado quando não é obedecido.
No final das contas, ambos exibem (ou não) o comportamento que ainda se espera de um presidente da República.
O resultado, creio, está expresso na tendências de voto obtidas em grupos de pesquisa com eleitoras que não votaram em Lula ou Bolsonaro, que o gráfico da pesquisa qualitativa da Atlas Intel registram aí em cima.
Mas este é uma questão que já passou. Agora, é manter a mobilização que cada um pode ter, nem que seja um simples adesivo ou uma bandeira na janela.
A vantagem será maior, bem maior, do que esta que por tantos dias apertou, senão as pesquisas, os nossos corações.