Lula vai esperar fim da arruaça para apelar à concórdia

Só depois de seus três ou quatro dias de descanso na Bahia é que Lula voltará a falar em público. Até lá, só ao telefone.

Não vai ajudar a por lenha na fogueira bolsonarista, seja nas estradas, seja nas portas dos quartéis, como começou a acontecer, para desconforto do Alto Comando das Forças Armadas.

Mas não vai perder a oportunidade de reafirmar o espírito de unidade que pretende imprimir ao seu governo, em contraponto à baderna e selvageria que o governo em extinção, com pouco disfarce, estimula.

As punições merecidas e necessárias vão correr por conta da Justiça e quem quiser que acredite no clima “descontraído” da reunião entre Bolsonaro e ministros do STF, ontem. Tanto é que assumiram “dublar” o “acabou” na boca presidencial, já que ela falava um idioma obscuro.

Espera-se, para elas, que a Procuradoria Geral da República, sob a pressão corporativa sobre Augusto Aras, as peçam. Se não acontecer, partirá do Supremo a iniciativa de provocá-la.

Por enquanto, envolve-se apenas nas determinações de que se restaure a ordem pública.

Não duvide, porém, que haverá consequências destes atos de balbúrdia.

Dificilmente se cometerá o erro de “deixar para lá”, porque é preciso sinalizar que há distância entre oposição e crime.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *