Bolsonaristas culpam generais por impedir um golpe, publica a Folha, para relatar os ataques que integrantes do Alto Comando do Exército estão sendo chamados de “melancias” (gíria dos tempos da ditadura, sobre “verdes por fora, vermelhos por dentro”), porque teriam “se acertado com Lula”.
Nos grupos que estão parados na frente dos quartéis – não esqueçamos que sob um vergonhoso silêncio das Forças Armadas – grita-se que há “covardia” dos militares por conta da auditoria das urnas.
Mas não é só com os fardados. Romeu Zema, governador de Minas e principal cabo eleitoral do presidente no 2° turno, é xingado por ter dito que ” “Bolsonaro perdeu pra si mesmo”.
Boicotam a Jovem Pan, emissora antes “oficial” destes grupos, acusada agora de “traidora”.
Nas redes sociais, sem muita audiência, mas com grupos de manifestantes, prometem um “greve geral” a partir da meia-noite desta quinta-feira, anunciando que os caminhões vão parar e aterrorizando os trouxas com apelos para “estocar comida”.
É claro que 90% disso é simples delírio, mas maluco também provoca desastre.
Não adianta fingir que nada está acontecendo, porque estes alguns milhares de fanáticos só vão parar quando aqueles a quem idolatram ordenarem que vão para suas casas e aceitem o resultado da eleição.
E eles, a começar pelo próprio presidente derrotado, seguem estimulando esta alucinação.
Entregaram-se a uma autofagia, num festim de ódio insano, e daí para acontecimentos intoleráveis é um pequeno passo.
