A “Bovid-17”

Há outra epidemia no Brasil, felizmente em declínio, bem menos difundida que a outra – mas ainda assim, mortal à democracia.

É a Bovid-17, provocada pelo vírus da estupidez e capaz de causar transtornos mentais que transformam as pessoas em zumbis capazes de ir para a Avenida Paulista gritar “Abaixo a vachina, queremos cloroquina“.

Mas estes aí são os mais inofensivos, porque são gatos-pingados, agora, como se vê pela “massa” concentrada na Avenida Paulista, hoje.

O problema são os que disseminaram essa doença e instalaram-na no poder.

Afinal, de onde se irradiam imbecilidades como “vachina” e cloroquina?

Isso é a “obra” construída pela nossa mídia, nossas Forças Armadas, nossos empresários, nossa classe média inconformada com a mínima ascensão dos pobres, com sua presença nos aeroportos, com a carteira assinada da empregada doméstica, pelos negros na universidade, por tudo que lhe fez lançar mão de uma pústula fanática para interromper.

Precisam passar álcool gel em seus cérebros, desinfetar-se do preconceito, parar de achar que com prisão e polícia o mundo será melhor.

O vírus da Bovid-17 é uma variante aguda do “vírus de Curitiba”, que arriou as defesas do país contra ele.

Não são quase 200 mil pessoas que estão morrendo, apenas. É o nosso Brasil como terra civilizada, como um país que quer ter um lugar no mundo que não seja o do desprezo e do horror.

 

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