A carta do Papa a Lula: “Não desanime”

A carta do Papa Francisco a Lula, divulgada hoje por Monica Bergamo, na Folha, não é apenas gentil e piedosa, mas reveladora do quanto a situação anômala do Brasil repercute pelo mundo.

Ela é cheia de referências sutis de encorajamento do Pontífice ao ex-presidente, não apenas ao valorizar suas opiniões sobre a situação brasileira – o que fez numa carta a Francisco, há dois meses – que, diz o Papa, “me será de grande utilidade”, mas, a pretexto da Páscoa, convidar Lula a sentir a “alegria serena e profunda de quem acredita que, no final, o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e a Salvação vencerá a condenação”.

Até quando consola Lula pelas perdas que sofreu – a mulher, Marisa, o irmão e o neto – o Papa manda mensagens: “quero lhe manifestar minha proximidade espiritual e lhe encorajar pedindo para não desanimar e continuar confiando em Deus”.

Lá de Roma, Francisco percebe o que alguns aqui não vêem: Lula não está preso por seus defeitos ou eventuais comportamentos pessoais – nunca provados -, mas pela referência que é para o povo braileiro.

O martírio, do ponto de vista cristão não é “ser santo”, é preferir morrer a renunciar naquilo em que acredita.

Veja a carta, abaixo:

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16 respostas

    1. O Papa não comentou, na carta, a situação judicial do meliante Lula….nem uma linha dizendo que ele foi perseguido ou preso injustamente…..

  1. Importantíssimo ! A palavra do Papa ainda tem peso. Cai como uma bomba na cabeça de muita gente, na minha opinião. É um apoio que chega numa hora muito importante. Não muda nada imediatamente, mas atinge de forma fatal o discurso da mentira plantado em nosso país.

  2. Pronto, era só o que faltava……descobrimos que o Papa é “comunista”……………kkkkkkkkkkk

  3. Ao contrário do que muitos pensam, Política e Religião, embora não sejam sinônimo(a)s, andam de mãos dadas desde que o mais antigo ancestral dos hominídeos olhou para o céu, para o universo e refletiu sobre si mesmo, sobre sua existência, de onde veio e para onde vai, com a sempre atroz e nunca esclarecida dúvida: há algo além da morte ou tudo termina nela?

    Embora minha família seja de origem católica, não sigo nenhuma religião e considero-me agnóstico. Entretanto não há como não concordar com alguns princípios que algumas religiões, dentre elas algumas ditas cristãs, têm como pedra basilar: compaixão, solidariedade, capacidade de perdoar, inconformidade com as maldades e injustiças contra os mais fracos, de amar e não se deixar dominar pelo ódio, pela fúria em aniquilar os que pensam ou agem de forma diversa da nossa. O Papa Francisco demonstra ao longo de sua vida, sobretudo depois de eleito para comandar a Igreja Católica Romana, alguns desses atributos e por isso merece nosso respeito e consideração. Mas está claro que hoje a posição de Francisco é minoritária dentro da própria Igreja que lidera; poucos têm a coragem de problematizar e discutir as reais razões que levaram o Papa Francisco a não residir no palácio destinado ao chefe da Igreja e a fazer suas refeições juntamente com outras pessoas, numa espécie de “bandejão”, sendo que poderia ser servido com cardápios especiais ou em local mais discreto e privativo. Eu me lembro da morte do Papa João Paulo I, o breve, que ficou apenas 33 dias no comando da Igreja; há suspeitas fortíssimas de que João Paulo I, chamado “Papa-sorriso” e considerado mais progressista até mesmo que Francisco, foi envenenado. Quando Francisco, de forma reiterada (já que esta não é 1ª vez), pede ao presidente Lula, preso político há mais de um ano numa masmorra curitibana, que faça orações por ele – invertendo, aparentemente, sujeito e objeto – fica evidente que Francisco sabe das tramas palacianas para destituí-lo ou fazê-lo morrer de forma misteriosa e não explicada, como ocorreu com João Paulo I.

    O efeito prático das cartas trocadas entre o Papa Francisco e o Presidente Lula é quase nulo, assim como as decisões da ONU, garantindo a Lula o direito de aguardar em liberdade o julgamento dos recursos judiciais em tribunais superiores e o direito constitucional de disputar a eleição presidencial de 2018. Mas o efeito simbólico é grande e deixa claro que o chamado “mundo civilizado” está ciente de que no Brasil não vigora o Estado de Direito Democrático e que um Ex-Presidente da República está preso porque se disputasse a eleição presidencial a venceria já no primeiro turno e faria, pela 3ª vez, um governo voltado para o desenvolvimento soberano e inclusivo do Brasil, com atençaõ especial para os mais pobres.

  4. Xiiii depois dessa teremos a primeira excomunhão papal da história. Aquelas senhora de camiseta canarinha e óculos de Sol não vão suportar essa. E olha que já vi algumas delas se referirem ao, agora nada Santo e quase demoníaco, Papa como “fofo”, daquele jeitinho bem “classe média alta”. Papa “cumunista”, ai que horror, como diria as netas da Liga das Senhoras Católicas!

  5. Os católicos bolsonazistas preferem tornar-se adeptos do anticristo do que reconhecer o erro de julgamento a que foram induzidos pelo Cartel da Mídia. A crença ferrenha dessas pessoas nas emissoras da mentira é maior do que a fé em sua própria religião, em Deus e no Sumo Pontífice. São pessoas envenenadas de ódio pela manipulação das informações, atividade principal desse cartel que monopoliza a palavra em nosso país.
    Marinhos, saad, macedo et caterva são os principais responsáveis pela doença que acomete o Brasil. Não merecem piedade por todo o mal que infligem ao povo. Máxima culpa, máxima pena.

  6. O Brasil só terá a consciência do que fez e continua fazendo, com a prisão arbitrária e completamente infundada de Lula, daqui muitos anos.

    Como é bom olhar quem está do meu lado nessa história. A esquerda brasileira, com todos os seus defeitos, é uma das mais bonitas, intelectualizadas e abrangentes.

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