A direita quer um “Rambo”? Começa a intriga sobre Lula e Nélson Barbosa

lulabarbosa

O novo Ministro da Fazenda, Nélson Barbosa,  nem teve tempo de esquentar a cadeira.

Nomeado sexta-feira, tomou posse na segunda com o “mercado” bradando na mídia que tinha atiçado as desconfianças e a prova era a cotação do dólar.

Semana de Natal e , na véspera do feriado, já tinha sido totalmente revertido.

Se valia para apontar uma “desconfiança” do mercado sobre Barbosa, a sua reversão deveria servir para um “confiança” do mercado no novo ministro.

Uma e outra coisa são, como se viu, baboseiras.

Agora,o Estadão  cria a primeira intriga.

“Luiz Inácio Lula da Silva pressiona o governo a anunciar logo nos primeiros dias de 2016 medidas concretas que sinalizem mudanças na política econômica rumo à retomada do crescimento”.

Fica parecendo que Lula é uma criança, que não compreende que Barbosa tem de ser vagaroso ao mudar o rumo ao mudar a direção da economia.

Ou do fato de que Barbosa pudesse  ser um imbecil, que não compreende que  sua força vem de sua ligação com o desenvolvimentismo “lulista”.

Que Barbosa não pensa como Levy não é preciso provar. Aliás, o próprio mercado o sabe.

Se a direita tem um raciocínio primário de que um ministro da Fazenda tem de ser um “Rambo” , pronto para avançar insensatamente contra o “estatismo”  e o gasto social, que guarde isso para quando vencer eleições.

Mas, por favor, não atribua a Lula, com dois mandatos de presidente, o raciocínio primário de que Barbosa deveria chegar “soltando os cachorros”.

Nunca foi isso o que fizeram, nem o ex-presidente nem o atual ministro.

As medidas virão. mas não como “pacote” como, aliás, a direita sempre fez.

As primeiras, pontuais, devem sair esta semana.

Mas não um “pacote”.

Levy já mostrou como isso não pode funcionar, porque faz o Brasil não funcionar.

E não há ajuste possível se o Brasil para.

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7 respostas

  1. O pior disso tudo é que se atribui a Joaquim Levy a paralisação da economia do Brasil, quando todo o resultado negativo veio justamente da política de concessões e benefícios fiscais de Guido Mantega. Levy entrou para consertar a bagunça, mas agora, em tempos de impeachment, o PT precisa de um Ministro da Fazenda com certo toque de irresponsabilidade para reaproximar o povo do Governo. E assim, o populismo ainda enganará a muitos antes de ser extirpado da política brasileira.

  2. Enquanto isso, vai a todo vapor o plano da direita internacional para a berlusconização daquele país. Depois de dar os sinais de que enterraráa qualquer custo a Ley de Medios tão duramente conquistada, Macri pretende extinguir na TV Pública o programa televisivo “678”, resistência crítica ao monopólio ideológico da televisão argentina. Berlusconi fez o mesmo quando foi içado ao poder, ao investir contra a RAI e a destruir intelectualmente, com todos os seus maravilhosos programas independentes. Em ponto menor, já vimos esse filme aqui em São Paulo, com a destruição da TV Cultura pelo direitista José Serra.

  3. O mercado não bradou para a mídia, caro Brito. Foi a mídia que bradou, até ficar rouca, para o mercado.

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