A história do petroleiro Rubem e o preço da anistia a FHC na Petrobras

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Rubem Gonzalez é petroleiro.

Não o conheço, mas sua história chegou-me por amigos, via Facebook e achei que devia difundi-la.

É uma narrativa crua, dura, do que ele viveu na empresa, nos tempos de FHC.

E um lamento dolorido não apenas pelo PT ter “adotado” figuras que vinham deste período –  vejam que todos os “operadores de falcatruas são “de carreira” e exerceram cargos chave na administração tucana, inclusive Delcídio do Amaram, durante meses Ministro de Minas e Energia. Mas por ter aceitado que é ele – e somente ele, como quer o Dr. Moro – o protagonista do tal “maior escândalo de corrupção da história do Brasil”.

Leia, é de chorar pelo que fizeram  com nossa mais importante empresa e que, hora alguma, agora vem ao caso.

Um pouco da minha história

Rubem Gonzalez, no Facebook

Trabalhei no GEDEP da Petrobras e fui fiscal e supervisor de unidade marítima , entre outras a P-34 , Antigo PP de Moraes, atual Juscelino Kubiscthek , Ela foi totalmente reformada no Caju no RJ no estaleiro da IVI, mas o dono da obra era o estaleiro Astano da Espanha lá pelos idos do final do século passado.
O “incentivo” a indústria nacional naquela época era tanta que até as cortinas dos banheiros vinham de Portugal, tudo era importado, centenas de fornecedores do planeta inteiro, boa parte empresas de fachada abertas apenas para fazer uma venda “laranja”, até da nova Zelândia e do Vietnã tinham fornecedores.
Um verdadeiro cipoal de contratos, subcontratos, concorrências casadas e 90% das obras ganhas pela Marítima que para quem sabe chegou a ter uma das maiores carteiras de encomendas de unidades petrolíferas do planeta sem ter um estaleiro , pessoal ou expertise no meio.
Essa Marítima era apenas uma saleta alugada de 3X4 com uma mesa, um fax , uma linha telefônica e uma secretária feia. Em nenhum lugar do planeta aquela empresa de fachada poderia se habilitar a pegar a reforma de um conjugado no morro do sabão.
Porém no honestíssimo e probo governo FHC essa mistura de galinheiro com prostíbulo detinha 90% da carteira bilionária da Petrobras de encomendas navais, mormente superfaturadas em 30 % na média porque 10 % é gorjeta de garçom.
Foi desse produtivo forno de falcatruas aonde emergiu – e é óbvio e de conhecimento de todos que depois naufragou – e nasceu a sua obra prima, a famigerada e conhecida por motivos trágicos e funestos a Petrobrás – 36, ou P-XXXVI para os íntimos.
O resto é história, história de impunidade, de desvios e corrupção criada pelo PSDB, descoberta inclusive pelo correto tucano Philippe Reichstul , mantida e surpreendentemente acobertada pelo PT que aceita passivamente que toda a história de corrupção da empresa caia em suas costas sem dar um pio.
Afinal foi decretado que a corrupção nasceu em 2003 – e esses fatos que que narrei aconteceram a partir de 1996 -Então de duas uma, ou eu desconheço minha história ou então o sentido da palavra corrupção mudou muito nessas reformas ortográficas que aconteceram no período...

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