É longo mas, como sempre, muito bem escrito.
Mauro Santayana, com sua lógica irretorquível, fatia e faz rolar para o campo do arbítrio a pretensão do Ministério Publico, claro que interpretando o nada oculto pensamento do juiz Sérgio Moro, de que cabe a eles – e, sobretudo a ele – investigar, acusar e julgar todo e qualquer episódio de corrupção que surja – ou se suspeite – da multidão de presos e da longa série de delações que deles se obteve em Curitiba, a cadeia de onde ninguém sai sem acusar mais alguém.
Mais, que os nossos “descobridores da pólvora”, que encontraram a imensa surpresa de que há corrupção nos negócios e na política, têm um traço originalíssimo: o barulho ensurdecedor do escãndalo só se ouve em uma direção; na outra, impera o silêncio da cumplicidade.
De quebra, descreve bem o nosso “comunismo” sui-generis, onde a propriedade se concentra, os capitais se locupletam e só apodrecem na Lubianka paranaense os suspeitos de serem amigos do “governo vermelho”…
O presidencialismo e a conspiração vermelha
Mauro Santayana, no Jornal do Brasil
Informações publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, na semana passada, dão conta de que a Procuradoria Geral da República teria enviado ao STF pedido de reversão da decisão do Ministro Teori Zavascki, de afastar da órbita da Operação Lava Jato, ações que não pertencem à sua jurisdição, como a relacionada à Eletronuclear, já encaminhada para o Juiz Marcelo Bretas, da Sétima Vara Federal, no Rio de Janeiro.
O pedido estaria baseado em duas justificativas, a de que “aponta “ação” (sic) de uma “sistemática” (sic) criminosa igual à investigada na Petrobrás” e a de que “um esquema único de “compra” de apoio político teria nascido na Casa Civil em 2004, com o objetivo de garantir a governabilidade e a permanência no poder. Para isso, segue o texto, “teriam sido distribuídos cargos em diferentes áreas do governo, gerando uma “máquina” “complexa” e estruturada de desvios para financiar partidos, políticos e campanhas eleitorais.”
Ora, se a questão é a “sistemática” ser igual, todos os crimes de latrocínio, por exemplo, deveriam ser investigados por um mesmo grupo e julgados pelo mesmo magistrado, já que têm uma mesma mecânica e um mesmo resultado.
Um único juiz ficaria responsável por todos os crimes de tráfico de drogas do país; a outro, seriam encaminhadas todas as ações relacionadas a estelionato, e vários inquéritos, envolvendo corrupção e financiamento indireto de candidatos e partidos, como o Mensalão “Mineiro”, o escândalo dos trens de São Paulo, e dezenas de outros, ainda dos tempos das privatizações, nos anos 90, também deveriam ser encaminhados ao Juiz Sérgio Moro, se – como demonstra a sua atuação no Caso Banestado – ele viesse a agir com o mesmo “rigor” e “empenho” com que está agindo agora.
Neófitos em política – ou exatamente o contrário – os procuradores que encaminham o pedido ao STF (segundo a matéria, “ligados” ao Procurador Geral da República, Sr. Rodrigo Janot); assim como os seus colegas e o juiz que estão envolvidos com a “Operação Lava Jato” tentam, já há tempos, transformar, aos olhos do país, em uma sofisticada e acachapante conspiração, o que nada mais é do que o velho Presidencialismo de Coalizão em seu estado puro.
Um sistema com todos os defeitos e eventuais problemas de uma democracia em funcionamento pleno, que se desenvolve – como em qualquer lugar do mundo – na base da negociação de interesses de indivíduos, grupos de pressão, partidos políticos, funcionários públicos de confiança e de carreira e empresas estatais e privadas.
Sem obras – casas, pontes, estradas, refinarias, usinas hidrelétricas, ferrovias, navios, plataformas de petróleo – não há desenvolvimento e não existem votos.
Desde que o mundo é mundo, e não desde 2004, como quer nos fazer acreditar a Operação Lava Jato, votam-se verbas para obras – aí estão as emendas parlamentares que não nos deixam mentir – indicam-se diretores de estatais, loteiam-se cargos entre partidos aliados, apresentam-se empreiteiras para a sua execução, realizam-se os projetos e as empresas – preventivamente – para evitar ficar de fora das licitações, ou antipatizar-se com gregos e troianos, financiam partidos e candidatos de todas as cores e de todos os matizes, porque não têm como adivinhar quem vai ganhar que eleição, ou qual será a correlação de forças que sobrevirá a cada pleito.
Esse esquema funciona, assim, desde os tempos do Império e da República Velha e se repete nos Estados, com as Assembleias Legislativas, e nos municípios, com os executivos e câmaras municipais, e, se o PT conspirou ou conspira para “manter-se no poder”, na essência e na lógica da atividade política, ele não faz mais do que faria qualquer outro partido;
Ou há alguém que acredite existir agremiação política que tenha como “objetivo” programático o abandono do poder?
Nisso, o PT, e os outros partidos, fazem o que sempre fizeram os chefes tribais, desde que deixamos de ser coletores e caçadores e nos reunimos em comunidades, ou os políticos gregos, ou os imperadores romanos, ou os reis medievais, ou os partidos e forças que antecederam a ascensão do próprio Partido dos Trabalhadores ao Palácio do Planalto, que, para manter-se nele, chegaram até mesmo a mudar o texto da Constituição Federal, para passar no Congresso – em polêmica e questionável manobra – o instituto da reeleição.
A Democracia – e o Presidencialismo de Coalizão, ou o Parlamentarismo, em que muito menos se governa sem negociação e conciliação de interesses – pode ter defeitos, mas ainda é o melhor sistema conhecido de governo.
Tendo, no entanto, problemas – e sempre os terá, em qualquer país do mundo, pois que se trata mais de um processo do que de um modelo acabado – cabe à classe política, que, com todas as suas mazelas, recebeu a unção do voto – todo poder emana do povo e em seu nome será exercido, ou já nos esquecemos disso? – resolvê-los e não ao Ministério Público, ou a um juiz de primeira instância fazê-lo.
E, muito menos, inventar com esse pretexto, uma teoria conspiratória cujo único objetivo parece ser o de garantir que se lhe transfira, a ele e ao seu grupo, cada vez mais poder e força.
Até mesmo porque, como todos os cidadãos, os jovens procuradores da PGR, assim como os da Operação Lava Jato e o juiz responsável por ela, têm, como qualquer brasileiro, suas preferências políticas, simpatias ocultas, idiossincrasias, seu time de futebol do coração, sua confissão religiosa, seu piloto preferido de Fórmula Um.
Afinal, como diz o ditado, o que seria do azul, se todos gostassem do amarelo?
O que não se pode esquecer é que, se quiserem fazer política, devem candidatar-se e ir atrás de votos e de um lugar no Parlamento, e não misturar alhos com bugalhos, ou querer exercer atribuições que não têm, e que não podem ter, nesta República, pois que não lhes foram conferidas por mandato popular.
Deve, portanto, quem está à frente da Operação Lava Jato, limitar-se, sem paixão, parcialidade, vaidade ou messianismo, tecnicamente, ao seu trabalho, que pode ser exercido por quaisquer outros policiais, procuradores ou juízes, em outros lugares do país, respeitando-se a jurisdição, as regras e os limites impostos à sua atuação, porque nem mesmo a justiça pode se colocar – como muitos parecem ter se esquecido nos últimos tempos – acima da Lei e da Constituição, cujo maior guardião é, como reza o seu próprio nome, o Supremo Tribunal Federal.
Ninguém discute a necessidade de se combater a corrupção, de preferência – como nem sempre tem ocorrido – a de todos os partidos.
Ninguém também vai querer botar a mão no fogo com relação a partidos que, depois de chegar ao poder, deixaram entrar toda espécie de oportunistas, oriundos de outras agremiações, ou nomeados por governos anteriores, que depois fizeram falcatruas no cargo que estavam ocupando.
Como qualquer partido político, o PT teve acertos e erros nos últimos anos, e deve pagar por eles, até mesmo porque a imensa maioria de seus militantes é correta, nacionalista e não andou por aí prestando “consultorias”.
O que não se pode aceitar é pôr ao alcance de apenas uma pessoa, de um único juiz, um imenso universo de milhares de empresas que realizaram negócios com o governo federal nos últimos anos, em qualquer lugar ou circunstância, colocando, automaticamente, sob suspeição, qualquer pessoa que tiver, em princípio, feito negócios com qualquer uma dessas empresas.
Também não se pode agir, como se partidos de oposição não tenham estado envolvidos, antes e depois de 2004, em alguns dos maiores escândalos de corrupção da história recente, dos mais antigos, como o do Banestado, passando pelos mais simbólicos, como o do Mensalão “Mineiro”, aos mais novos, como o do Trensalão Paulista – cujo inquérito está completando seu primeiro aniversário na gaveta do Ministério Público de São Paulo – todos abafados, ou conduzidos de forma a prescreverem, ou não se punirem os seus principais envolvidos, não lhes acarretando – por parte da justiça, ou da mídia, até agora – quase que nenhuma conseqüência.
Também não se pode acreditar que só o governo federal possa corromper, porque, como explicam os que acreditam nessa fantasiosa teoria conspiratória, é a União que teria a “caneta”.
Como, se, por acaso, a oposição também não tivesse a sua, em alguns dos principais estados e municípios do país, como é o caso, emblemático, de São Paulo, unidade da Federação na qual arrecada – e administra – aproximadamente 150 bilhões de reais por ano em impostos, há mais de duas décadas.
Não podemos agir como se a corrupção, no Brasil, tivesse sido inaugurada com o estabelecimento de uma espécie de Protocolo dos Sábios do Sião, do PT, ao urdirem uma conspiração nordestino-bolchevista internacional, com estreitas ligações com o “bolivarianismo”, e o “perigosíssimo” Foro de São Paulo, para dominar a América Latina, e, quem sabe – como o “Pink” e o “Cérebro” do desenho animado – o mundo.
Uma conspiração “comunista” que passou o país da décima-terceira economia do mundo, em 2002, para a oitava maior, agora; que pagou, rigorosamente, sem contestar, toda a dívida que tínhamos com o FMI; que emprestou generosamente – e por isso também tem sido acusada – dinheiro do BNDES para empresas privadas, não apenas nacionais, mas também multinacionais; que acumulou mais de 370 bilhões de dólares em reservas internacionais, aplicando-as majoritariamente em títulos do seu, teoricamente, arqui-inimigo, Estados Unidos da América do Norte; que deu aos bancos alguns dos maiores lucros de sua história; que praticamente duplicou a porcentagem de crédito na economia; e diminuiu a dívida líquida pública pela metade nos últimos 13 anos.
Como se, anteriormente, partidos não negociassem alianças e coligações, nem as financiassem, como fez o PT, no caso da Ação 470, ajudado em um empréstimo, pago, depois, a um banco, obtido pelo Sr. Marcos Valério, que, claro, para o Ministério Público, ao que parece, é como se nunca tivesse trabalhado para o PSDB antes.
Como se os 12 Sábios do Sião do PT, reunidos, bebendo cachaça, em algum boteco do ABC, tivessem resolvido, inédita e insidiosamente, em certo encontro secreto, primitivo e clandestino, corromper a pobre classe política nacional – tão ingênua e impoluta como um bando de carneiros – e também o empresariado brasileiro.
Como se, anteriormente, nenhuma empreiteira fizesse doação de campanha, ninguém fosse a Brasília para conseguir obras, não existisse lobby nem Caixa 2, políticos e ex-políticos não prestassem “consultorias” a empresas particulares, e nem se montasse a negociação de partidos para aprovação de medidas provisórias, como, ou de emendas, como, por exemplo, lembramos mais uma vez, a da reeleição do Sr. Fernando Henrique Cardoso.
E a Nação dormisse, inocente e serena, sonhando com flores e passarinhos em berço esplêndido, e tivesse sido despertada violentamente, de repente, por um emissário do inferno, vermelho e barbudo como o diabo, que chegou do Nordeste de pau de arara, para acabar com o seu sono e conspurcar-lhe, covarde e impiedoso, a virginal moralidade que ostentava antes.
Finalmente, se formos nos deixar dominar pela imaginação e pelo delírio conspiratório, qualquer um poderá pensar e afirmar o que quiser.
Até mesmo que pode haver, mesmo, uma conspiração em curso.
Mas não para entregar o Brasil ao PT ou ao comunismo.
Mas para derrubar, usando como biombo uma campanha anticorrupção pseudo moralista, seletiva, dirigida e paranóica, um governo legitimamente eleito há pouco mais de um ano.
Trabalhando deliberadamente para chegar, de qualquer forma, e o mais depressa possível, à Presidente da República, na tentativa de tirá-la do Palácio do Planalto da forma que for possível, com um jogo escalado e proposital de prisões sucessivas e de “delações”.
Uma espécie de “corrente” no qual uma pessoa é presa – seja por qual motivo for (na falta de provas, muitos podem imaginar que se estejam produzindo “armadilhas”, suposições, ilações, combinações) e delata outra, que também é presa e passa a participar, obrigatoriamente, da trama, delatando também o próximo da “fila” – ou o novo degrau de uma escada que até mesmo no exterior já se imagina aonde vai chegar – sob pena, caso se recuse, de permanecer anos e anos na cadeia sem nenhuma garantia ou perspectiva real de proteção por parte do direito ou da justiça, enquanto bandidos apanhados com contas de milhões de dólares no exterior vão sendo, paulatina e paradoxalmente, soltos.
16 respostas
Obrigado Brito por trazer esse Gigante Brasileiro que e’ Mauro Santayana no seu Site!
Precisa desenhar ?
Perfeito!…
Ensandecidos perdem a noção!…
Olha só a tresloucada anticomunista nos EUA, descrita por Michael Parenti, em ” A Cruzada anticomunista”; editado em 1969.
É portanto evidente que a atitude anticomunista não emergiu
subitamente nos anos que se seguiram à Segunda Guerra
Mundial como reação de defesa face à “ameaça soviética”; há
muitas décadas ela está presente entre nós. Em 1919, o emergente
espectro bolchevique provocou tremores em todo o mundo
burguês. Tendo poucos investimentos na Rússia, os capitalistas
americanos sofreram desapropriações irrisórias por parte
dos bolcheviques, mas isto não os impediu de ver na
revolução soviética a representação de uma ordem sócio-política
que desafiava, de modo essencial, o seu próprio sistema. Por
essa razão, a comunidade dos negócios pôde apoiar a participação
americana na intervenção armada contra os revolucionários
bolcheviques enquanto, mais tarde, daria mostras de uma
indiferença benigna à eclosão de insanidade na Alemanha
nazista. Contrariamente aos sovietes, Hitler não surgiu como
alguém que estivesse atacando as instituições do lucro e da
propriedade.
Em 1919 e nos anos que se seguiram, a plutocracia, a imprensa,
o púlpito, a Universidade, o Presidente, o Congresso e
outras organizações institucionais da sociedade se empenharam
em alertar a população contra a ameaça que despontava. Comissões
de investigação do Senado ouviram testemunhas que fizeram
terríveis relatos sobre as condições reinantes na Rússia;
Robert Murray oferece uma boa descrição de tais audiências:
As testemunhas declararam que o Exército Vermelho era
composto sobretudo de criminosos, que a revolução russa
foi dirigida, em grande parte, por judeus originários do
East-Side de New York, que o bolchevismo era o Anti-
Cristo e que uma vigorosa política aliada de intervenção
era necessária. O embaixador (David R.) Francis reiterou
diante da Comissão sua crença de que Lênin era
um mero instrumento dos alemães, sustentando em seguida
que os bolcheviques estavam matando todos os
que “portavam colarinho ou eram pessoas educadas e os
que não fôssem bolcheviques. . . ”
Testemunhos antibolcheviques inundaram as colunas
dos jornais do país e, uma vez mais, o público foi bombardeado
em escandalosas histórias de amor livre, nacionalização
de mulheres, massacres sangrentos e atrocidades
brutais. Circularam histórias segundo as quais
as vítimas do bolcheVismo eram assadas até a morte em
fornalhas, escaldadas no vapor, despedaçadas lentamente
ou a machadadas. Qs redatores dos jornais jamais se
cansavam de referir-se aos comunistas russos como “assassinos
e loucos”, “escória humana”, “bestas”. A Rússia,
diziam alguns, era um lugar onde maníacos vagavam
em desvario pelas ruas, e a plebe disputava com os cães
cadáveres em putrefação. …O s jornais cobriam êstes
relatos sensacionalistas com títulos gigantescos: “Perigo
Vermelho entre nós”, “Planejam a Revolução Sangrenta”,
e “Querem Derrubar o Governo de Washington”.
Disputas internas nas organizações sindicais eram tratadas
como sintomas de um golpe bolchevique iminente. O
jornal Public Ledger, da Califórnia, recebeu a greve dos policiais
de Boston com a observação: “O bolchevismo nos Estados
Unidos não é mais um espectro”. Manchetes do Wall
Street Journal alardeavam: “Lênin e Trotski estão a caminho”19.
A expedição militar de Coolidge contra a Nicarágua e outras
intervenções militares na América Latina eram amplamente
justificadas como medidas de defesa contra levantes comunistas.
(A ação de Coolidge levou o senador Borah a comentar: “O
espectro da atividade bolchevista russa na América Latina foi
invocado mas recusou-se a caminhar”).
Os inquéritos legislativos ad hoc dos anos 20 e 30 levaram
à formação, em 1938, da Comissão de Atividades Antiamericanas.
Depois da Segunda Guerra Mundial, as atividades anticomunistas
atingiram novas proporções. Funcionários do govêmo
e cidadãos privados — desde físicos até lutadores de boxe
— tiveram sua vida particular e suas opiniões cuidadosamente
examinadas por comissões legislativas, orgãos de segurança do
govêmo, pelo FBI e, algumas vêzes, pela polícia local. Milhões
viram-se diante da exigência de assinarem declarações de lealdade.
Processos nos têrmos do Smith Act, julgamentos por
subversão e indiciamentos durante os anos 50, seguidos de processos
contra advogados de defesa na década dos 60 deram à
América um número crescente de prisioneiros políticos. Um
Congresso dominado pelos democratas aprovou, em 1950, por
esmagadora maioria, o McCarran Internai Security Act que, entre
outras coisas, autorizava a construção de campos de concentração
para internar, sem processo e sem julgamento, todos
os suspeitos de “subversão” nas situações de “emergência nacional”,
declaradas pelo Presidente ou pelo Congresso. Dentre
os seis campos construídos em 1952 diversos foram mantidos
em prontidão para uso imediato; outros locais de detenção ficavam
disponíveis para imediata “ativação”.
Os advogados de José Dirceu fazem na sua defesa uma peça didática demonstrando como estes procuradores aecistas da lava-jato “fundamentam” suas acusações e seus pedidos de prisão apenas em ilações, presunções e suposições sem prova alguma. E da mesma forma é feito com seus alvos políticos, que afinal é o fulcro das “investigações” desta partidaríssima “força-tarefa” da ridícula lava-jato.
Que isso amigo! Não vem ao caso! kkk
Disse bem, Pauliello : A defesa de Zé Dirceu, desnuda e desconstrói a arquitetura sinistra e metafísica elaborada por esses segmentos do MPF, PF e Judiciário que conduzem a Lava-Jato!….
Sr.Mauro.O senhor certamente já ouviu falar em FANATISMO,não é verdade? Se já ouviu e vivenciou algum fenômeno desses,certamente sabe que são inúteis para todos aqueles que professam tais crenças,qualquer que sejam argumentos racionais e tantos outros de que somos imbuídos diante desse fenômeno.São fanáticos em SERVILISMO.A única coisa que vivem,é a capacidade que tem,em servidão.Vivem sonhando serem os seus senhores,e mesmo que saibam não conseguirem jamais,persistem vida afora,em servir seus senhores,no nosso caso,os BURGUESES,que muitos chamam de ricos,mas BURGUESES.São como os TORTURADORES que se comprazem em provocar sofrimentos aos outros que não concordam com suas crenças.FANÁTICOS,meros sub humanos que temos que conviver.E são persistentes,não LARGAM O OSSO.Como cães raivosos,após fecharem as mandíbulas,somente matado-os ! Sr.Mauro,a classe a qual pertencem esses FANÁTICOS,é a pequena burguesia,cuja uma das principais tarefas,e expelirem ÓDIO.É o que sabem fazer.
Acho que para resolver o problema, certas pessoas precisam de um paredón!
De novo estamos assistindo a criação do salvador da pátria, outro caçador de marajás. Nada melhor que uma terra arrasada para sua chegada triunfal. De novo ele traz o Youssef para fazer o serviço sujo e soltá-lo depois. Mas isto não vem ao caso. Como não vem ao caso a biografia dos outros envolvidos. Nasceram para o caso que vem, todos, depois de 2003.
Como resolverão o caso do Delcídio para delimitá-lo somente após 2003? Quanto custará?
O último a denunciar que apague as luzes.
Isso ai, temos que engolir tanta imbecilidade, bem que merecemos um texto assim, tao direitim, quando em vez…valeu Brito, valeu Mauro, saravá!!
Desde a campanha pela famosa Lei da Ficha Limpa, anos atrás, eu já antevia o movimento que se replicava como “incríveis coincidências” pela América Latina.
O super-empoderamento do Judiciário em íntima associação com um poderosíssimo cartel midiático tem sido a fórmula aplicada desde a deposição de Manoel Zelaya, Presidente de Honduras, antes passando pela Venezuela e depois pelo Paraguai, onde o Presidente Lugo também foi deposto sob o beneplácito do Poder Judiciário.
O golpe violento orquestrado contra Hugo Chavez (o primeiro da série) teve participação de forças militares ou paramilitares, mas a mídia antinacional (a Rede Goebbels venezuelana) teve papel central na trama. Mas a fórmula foi aprimorada, refinada mesmo em Honduras. Ali se experimentou o esquema que agora se aplica aqui, a ferro e fogo, no Brasil, diante de um povo tão perplexo quanto impotente e impassível.
A fórmula é aplicada à risca. Até membros do Supremo já renegaram a própria Constituição que juraram defender. Tudo em nome de um SUPOSTO “combate à corrupção”, em que os paladinos da justiça se esforçam para eliminar a “praga vermelha”, atuando com a destreza de um cirurgião para preservar intacto o tecido do velho sistema de CORRUPÇÃO AZUL.
Quem sabe voltaremos a ter uma realeza e uma aristocracia sustentada por escravos. Uma realeza podre, mas teríamos uma corrupção de respeito, de sangue azul. Cunha receberia o título de duque e os barões da mídia enfim receberiam suas tão sonhadas insígnias diante dos seus 200 milhões de escravos midiotas.
Até quando o brasileiro aceitará o papel de trouxa? Caso para estudo.
[Ainda sobre canalhas!]
Filho de Cerveró diz que advogado lhe entregou R$ 50 mil em nome de Delcídio
Bernardo Cerveró, pivô da prisão do senador Delcidio Amaral (PT-MS) e do banqueiro André Esteves, afirmou em depoimento à Procuradoria-Geral da República que o ex-advogado de seu pai Edson Ribeiro, que também foi preso na Lava Jato, lhe entregou R$ 50 mil em espécie durante uma reunião entre os dois, enviado pelo ex-líder do Governo
1 DE DEZEMBRO DE 2015 ÀS 07:39
(…)
FONTE: http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/207479/Filho-de-Cerver%C3%B3-diz-que-recebeu-R$-50-mil-em-nome-de-Delc%C3%ADdio.htm
A estranha reação do STF
(Publicado no Brasil 247)
O debate sobre as flagrantes inconstitucionalidades que marcaram o encarceramento do senador Delcídio Amaral está deixando passar a grande questão do episódio: por que prender o indivíduo agora? Por que não processá-lo nos ritos normais, que acabariam inevitavelmente arruinando sua carreira política e seu apoio no Congresso?
A tese de “obstrução da Justiça” é ridícula. Ora, depois que o Judiciário conheceu o teor das gravações, a chance das tramóias vingarem desintegrou-se. Réu nenhum conseguiria fugir. Além disso, do ponto de vista estratégico, seria mais inteligente acompanhar as manobras de Amaral, apanhando todos os envolvidos no auge da ação criminosa.
Então repito: por que interromper um conluio fadado ao fracasso, diminuindo assim o alcance das investigações? Que tipo de malefício Amaral poderia causar conspirando à toa, sob a fiscalização atenta das autoridades?
Isento e probo como é, o STF não precisa temer ilações maldosas. Com o apoio da imprensa, os ministros citados já tiveram inúmeras oportunidades para afastar qualquer suspeita incômoda. A prudência legalista inclusive traria benefícios à imagem da corte, manchada exatamente pelo partidarismo intempestivo dos tempos de Joaquim Barbosa.
Tudo isso apenas reforça a certeza de haver um esforço na cúpula do Judiciário para evitar que as apurações em curso ultrapassem certos limites. Os elos de Amaral e do banqueiro André Esteves com o PSDB, de resto notórios, ganharam menções bastante constrangedoras nos diálogos que arruinaram o senador.
Amaral e Esteves trazem consigo a Petrobrás dos anos FHC, um nebuloso parente de José Serra, a Alstom da máfia metroviária paulista e as viagens de Aécio Neves. Sem contar Renan Calheiros, Michel Temer e os ministros do STF mencionados. É fácil imaginar o estrago que causariam algumas horas a mais de conversas grampeadas.
Alguém parece ter decidido recolher o falastrão antes que o caldo entornasse de vez.
http://www.guilhermescalzilli.blogspot.com.br/
O que dizer de uma polícia que prende para depois investigar? Caso da cunhada de Vaccari, que depois disso, nem um pedido de desculpas recebeu. O que dizer de uma polícia que em um “bate-papo” de poucas horas libera os envolvidos na apreensão de um helicóptero com 450 kg de cocaína pura e, nesse caso, ainda pediu desculpas? Que monta dentro de suas dependências comitê de campanha para um candidato à presidência totalmente suspeito? Que “deixa” sumir também em seu próprio estabelecimento dinheiro apreendido em operação? Que tem agentes que costumam ir para as fronteiras para “descolar um extra”? E o que dizer agora sobre uma polícia que, em uma operação toda enviesada, é denunciada por prevaricação, obstrução das investigações e ocultação e adulteração de provas?
Não para por aí… E o que dizer de uma justiça que não tem interesse em escutar delações que incriminem seus aliados partidários? Que se desdobra para acobertar envolvidos em corrupção por predileções pessoais? Que, mesmo sabendo da origem dos crimes, já que todos os ex-diretores da Petrobras presos iniciaram suas gestões no governo FHC, diz que “isso não vem” ao caso e “despreza” declarações que não interessa a sua turma? Que dizer desse judiciário que não dá o mínimo de garantias constitucionais aos réus e age como se tivéssemos voltado à ditadura?
Do jeito que as coisas caminham, com uma imprensa hipócrita, desonesta e corrupta e que aliciou um público de midiotas analfabetos políticos histéricos, parece que a solução é mesmo devolver o país para a aristocracia de bandidos picaretas demotucanos, que construíram fortunas às custas da fome, através de desmandos e de todo tipo de politicagem e contravenção, sem serem incomodados. Deem logo o Brasil para aqueles que entregaram um país cheio de problemas, sem infraestrutura, quebrado e com graves problemas sociais. Elejam logo o falastrão que prega meritocracia, mas que nunca trabalhou na vida e sempre contou com uma corja de padrinhos e puxa-sacos para conseguir se projetar. Entreguem o país para aquele que vendeu um “choque de gestão” mas, na verdade, quebrou o Estado, definhou a saúde e a educação, desfigurou e trucidou o meio ambiente, teve sua gestão mergulhada em denúncias de corrupção nunca apuradas e, mesmo assim, com uma imprensa comprada, continua a sair bem nas fotos. Talvez essa seja a única forma de voltarmos a ter um noticiário mais ameno, com jornalistas hipócritas e oportunistas menos ensandecidos e que, quando conveniente, preguem o gosto pelo país. Uma imprensa que, mesmo com um governo incompetente que deixa acabar a água, a energia, o emprego, fecha escolas, espatifa a economia, aumenta a corrupção, traga ares de uma calma aparente e e divirta seu público com o futebol e trivialidades. Ou melhor ainda, retrocedamos mais ainda no tempo e convoquemos os militares para tomar o poder. Ai sim teremos todo aquele cheiro podre de um patriotismo banhado a sangue, autoritarismo e muita, muita corrupção, mas que, com uma cortina de fumaça, irá entorpecer toda a sociedade em um delírio coletivo para nossos funcionais Home Simpsons, que, nesses tempos, sentados em frente da TV, esperavam dias melhores.
Temos que ir para as ruas mostrar essa insatisfação com os rumos que o nosso país está tomando. Não à subordinação ao Judiciário!
E os procuradores continuam fazendo palestras nas igrejas evangélicas. Eles não são os donos da verdade. Cadê o Legislativo para botar ordem na Casa? Muitos deputados e senadores podem estar se escondendo por terem telhado de vidro, mas não é possível que não existam congressistas decentes para comprar essa briga?
Por incrível que pareça, a solução para a situação descrita pelo Santayana passa pelo Legislativo, porque o Executivo está sendo torpedeado pelos outros dois Poderes, além da oposição.
Vamos capar esse Judiciário autoritário!
O latifúndio, os meios de comunicações, a grande máquina pública foram TODOS nomeados e fazem parte da dominação petistas. Vocês da esquerda, com exceção de PHA contribuem para uma mensagem fajuta desta se propague. Interrogue à direita de quem é o monopólio dos privilégios no país. Estão gritando porque sentem a possibilidade, embora que remota (nem Lula nem Dilma contribuiram para diminuir) a não ser a liberdade de expressão. Mas quem sedimentou o mando no Brasil, todos sabem.