O Twitter tirou do ar a mensagem de Eduardo Bolsonaro com a carta e imagens do corpo de um suposto suicida, as mesmas usadas na live de seu pai, Jair, para”provar” que as medidas restritivas decretadas por conta da explosão da pandemia estavam levando a uma”onda” de suicídios.
Se é verdadeira a história, embora triste, é isolada.
Seu uso, porém, em uma transmissão presidencial pública, para atacar governadores é, além de uma sordidez, a prova para os”tolinhos esperançosos” de que Jair Bolsonaro e sua matilha familiar são incorrigíveis e irrecuperáveis.
O atual presidente vai ajudar a afundar mais ainda o país num oceano de mortes e caos para atribuir aos adversários a crise econômica com a qual não tem capacidade de lidar.
Não ache, portanto, que tudo são favas contadas no caminho para que o país se restaure em 2022, com as eleições.
Um homem que não respeita a vida humana muito menos há de respeitar a democracia e o voto.
Nesta mesma live macabra, fez o elogio da ditadura – “Nós vivemos um momento de 1964 a 1985, você decida aí, pense, o que que tu achou daquele período” – e pode perfeitamente fazer mais do que elogios.
Bolsonaro tem de ser isolado, cercado politicamente para que não possa estender, para além do desastre administrativo que é, o poder pernicioso que representa.
Não creiam candidamente que ele deixará o Planalto, como seu herói Trump, com a selvageria do Capitólio, não quis deixar a Casa Branca.