Abertos para as moscas

Na capa do Estadão de hoje, a prova do que faz tempo se diz aqui: o problema da economia não é a reabertura do comércio e dos serviços, mas a perda de confiança e de renda da população.

Repete-se com os bares paulistas o que já se verificou nos shoppings: a queda na procura atinge em cheio até mesmo a possibilidade de continuarem abertos, que dirá sua capacidade de manter empregos e, com isso, realimentar a renda dos trabalhadores.

Nem mesmo a proximidade do Dia dos Pais, registra outro jornal – O Estado de Minas -, foi capaz de levar as vendas sequer à metade das do ano passado.

Não vai melhorar significativamente na comparação que realmente interessa à métrica da economia: a com o que ocorria antes da pandemia. Comemorar “crescimentos” sobre meses infernais é uma tolice de natureza meramente publicitária.

Ao contrário, vai piorar, com as empresas que não fecharem, depois de consumirem as ‘gorduras’ que tinham, vão ter de readequar seus quadros de pessoal à minguada demanda destes tempos.

Não existem – e, pelo visto, não existirão – projetos de investimento. O pouco que há tem a marca da ilusão de que o capital externo virá fazer o papel que o Estado brasileiro não faz, como é o caso do saneamento.

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