André de Souza, de O Globo, registra – embora o jornal não lhe tenha dado sequer uma chamadinha na primeira página:
Mensagens de celular entregues ao Ministério Público Federal pelo empresário Alexandre Margotto fazem referência à atuação do atual vice-presidente de Governo da Caixa Econômica, Roberto Derziê, em negociações que resultaram em irregularidades no Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). As mensagens indicam que a atuação beneficiaria a empresa de celulose Eldorado, do grupo J&F. Derziê é uma indicação pessoal do presidente Michel Temer, e já tinha sido citado em um relatório da Polícia Federal (PF) sobre irregularidades na Caixa.
Derziê é mais que uma indicação do atual presidente. É um de seus principais auxiliares e, quando Temer ocupou a Secretaria de Relações Institucionais foi levado por ele para ser seu braço-direito, como Secretário-Executivo, que é uma espécie de vice-ministro nos órgãos federais. Antes, ele subiu na Caixa protegido por Geddel Vieira Lima e Moreira Franco. Sua história está, para quem quiser ler, aqui.
As mensagens, segundo André:
Em 7 de agosto de 2014, Margotto encaminhou ao doleiro Lúcio Bolonha Funaro, então seu sócio, duas mensagens de Cleto tratando da participação de Derziê no esquema. Uma faz referência a outras duas vice-presidências da Caixa, a de Riscos, e a de Gestão de Ativos de Terceiros (Viter). “Tô em cima cobrando todo mundo. Pus Derziê para cobrar junto comigo e falamos com Risco e Viter. Esses caras tão foda e ainda estão dando trabalho para a empresa”, diz Cleto.
Na outra mensagem, Cleto diz que Derziê está em contato direto com uma pessoa chamada Jair para tratar do contrato da Eldorado. “Jair é bem próximo do Derziê, e ele está em contato com ele direto”, escreveu Cleto.
Eldorado é um dos nomes citados na lista de perguntas que Eduardo Cunha tenta fazer a Temer e que não merece nenhum esforço de investigação por parte da imprensa, como a revelação de mais um envolvimento do afilhado de Temer nos esquemas de corrupção envolvendo a quadrilha do ex-presidente da Câmara.
Que, aliás, vai ficando claro que não era só dele.
7 respostas
Como diz Dilma- Eduardo Cunha negociou para ser presidente da Câmara, foi que ele não deixaria andar qualquer projeto relacionado à desconcentração econômica da mídia, que tinha sido proposto pela Dilma. Tanto é que, um mês e meio antes de sua eleição para a presidência da Câmara, os jornais pararam de falar mal dele. Quando Cunha foi defenestrado já havia um grande acordo com Temer por parte da Mídia e esse consistirá em manter o golpe por dezenas de anos e todas as citações de corrupção contra esse governo irá para baixo do tapete.
Aldo Fornazieri – Blog Nassif
“Desfaçatez é a qualidade de um desfaçado, daquele que não sente nem constrangimento e nem vergonha pelos seus atos condenáveis, publicamente assumidos. Trata-se daquele que, no senso comum, é conhecido como um cara de pau. Pois bem: Temer e, de certa forma, boa parte das autoridades que ocupam cargos superiores nos altos escalões dessa República destroçada, assumiram a desfaçatez como método de conduta e de governo.
Não se trata mais de esconder a verdade, de enganar, de fazer um jogo ardiloso das aparências. Trata-se de assumir a corrupção e o crime como predicados normais de quem governa.”
Mas como é possível isto ocorrer se havia um clamor contra o PT? É que corrupção é só contra os governos populares foi assim com Getúlio, Jango, Lula e Dilma, na verdade a mídia e o judiciário fazem parte desse tipo de governo como o do Temer é esse oxigênio que eles respiram e onde enriquecem
Prezado Renato Arthur, bem lembrado – parabens Aldo Fornazier- Blog Nassif!
se alguém não quer ter roubalheira não se cria estatal, sem levar em conta que a caixa não faliu para que se possa falar de que a roubalheira foi para valer.
Já ouvi na rua, do povo que se informa pelo PLIMPIG, a respeito da roubalheira na Caixa Federal.
As notícias veiculadas são para desmerecer a Caixa e para justificar a sua doação para o ITAU.
Da mesma forma que fazem contra a Petrobrás e Banco do Brasil.
Quando esse povo perceber que foi enganado será de se esperar revolta nas ruas.
Concordo com tigo Emerson.
Esses vagabundos mafiosos estao fdnd.o Brasil..
Eu cruzei as informações, cronologicamente, do que aconteceu na Caixa Econômica Federal, e para resumir: havia uma gangue mafiosa, que usava chantagem para extorquir as empresas e outros métodos truculentos, como ameaças de morte, formada por Fabio Funaro, Eduardo Cunha, Derziê, Geddel, Moreira Franco, comandada por Temer. Essa gangue foi para o Planalto. Está tudo na mídia, espalhado em matérias ao longo do tempo, é só juntar tudo. Postei a história no facebook.