“Amigo de Lula” é só um tolo, sem nada a dizer

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Li atentamente a entrevista do tal José Carlos Bumlai, o famoso “amigo do Lula”, no Estadão.

Conheci dúzias do tipo: agradável, gentil, deve ser mesmo um sujeito simpático na vida pessoal e que gosta de se apresentar como íntimo do ex-presidente.

Havia vários, assim, que andavam em volta de Brizola, que volta e meia gabavam-se de “ter acesso” ao governador. Até tinham e volta e meia levavam um amigo para apresentar, que saiam do encontro cheios de sorrisos e sem negócio algum.

Evidente que Lula, como vi outras dúzias de vezes Brizola fazer, não daria o menor espaço para isso, muito menos a quem tivesse conhecido há minutos.

Bumlai é bem o tipo.

Pode ter feito até alguma “esperteza” valendo-se disso. Nada que seja raro no meio dos negócios. Mas não tem nada que possa incriminar o ex-presidente.

Está visivelmente desestabilizado, porque “arrotou grandeza” para fazer negócios posando de “importante” e trocando favores com um picareta como o tal Fernando Baiano.

Só existe uma hipótese de João Carlos Ferraz, conduzido da Petrobras para a Sete Brasil – uma empresa com R$ 82 bilhões em encomendas da Petrobras, mais do que qualquer grande empreiteira – depender de um Bumlai para ter um encontro com Lula: a de Lula não ter a menor ligação com os negócios específicos da Petrobras.

O homem público nem tem controle total de seus subordinados, muito menos os de terceiro, quarto, quinto escalão, nem sobre as pessoas com quem tem relações sociais, as menos íntimas que sejam.

A nota do Instituto Lula, há alguns dias, declarando que o ex-presidente “jamais autorizou que o sr. José Carlos Bumlai ou qualquer pessoa utilizasse seu nome em qualquer espécie de lobby” já mostra que Lula não tem coisa alguma a dever a ele.

A reação de Bumlai, correndo para a imprensa, mostra mesmo que não tem e se assemelha à atitude de quem andou na beira do bueiro e se vê com um pé nele.

E não tem em que – ou em quem – se segurar.

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11 respostas

  1. *Rubens Casara convida para o lançamento do livro “Como conversar com um fascista: reflexões sobre o cotidiano autoritário brasileiro”, de autoria de **Marcia Tiburi, Editora Saraiva, 2015.
    [Ah, o prefácio é do sempre excelente Jean Wyllys]

    *Doutor em Direito, Mestre em Ciências Penais, Juiz de Direito do TJ/RJ, Coordenador de Processo Penal da EMERJ
    **artista plástica, professora de Filosofia e escritora.

    (…)
    Ao propor que a experiência dialógica alcance também os fascistas, aqueles que se recusam a perceber e aceitar o outro em sua totalidade, Marcia Tiburi exerce a arte de resistir. Dialogar com um fascista, e sobre o fascismo, forçar uma relação com um sujeito incapaz de suportar a diferença inerente ao diálogo, é um ato de resistência. Confrontar o fascista, desvelar sua ignorância, fornecer informação/conhecimento, levar esse interlocutor à contradição, desconstruindo suas certezas, forçando-o a admitir que seu conhecimento é limitado, fazem parte do empreendimento ético-político da autora, que faz neste livro uma aposta na potência do diálogo e na difusão do conhecimento como antídoto à tradição autoritária que condiciona o pensamento e a ação em terra brasilis. O leitor, ao final, perceberá que não só o objetivo foi alcançado como também que a autora nos brindou com um texto delicioso, original, profundo sem ser pretensioso. Mais do que recomendada a leitura.

    Aproveito para convidar a todos/todas para os lançamentos já confirmados:

    05/11 – Rio de Janeiro. Local: Travessa do Leblon.

    10/11 – São Paulo. Local: Espaço Revista Cult.

    23/11- Belo Horizonte. Local: Sempre um Papo.

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://justificando.com/2015/10/24/conversar-com-um-fascista-um-desafio-/

  2. E os Marinhos…..Ta na hora de investigar os Marinhos, filhos, tios, amigos, papagaio e pirquito. Vamos investigar os amigos dos Mervals da vida, com quem eles falam, os filhos, sobrinhos, mulher tudo….vamos lá

  3. Toda a equipe da lavajato enlameada. Acabou a credibilidade . E pior, dedurada pelos próprios membros no episodio dos grampos.Ver Marcelo Auler.

  4. O PIG juntamente com a comissão para o crime não cometido de Curitiba cria o roteiro para ser repetido pelo Klaus. Ele se dedica a estudar a peça. Muito interessante essa personagem. Nos também. Estudamos cada passo da farsa processialesca do mensalão. Sabemos que JB ate escondeu e atrasou um processo para esconder o outro. Lula não tem acesso axesses luxos do judiciário. Só tem história, cara e coragem. Nem conta com defensores bem pagos com dinheiro publico despejado dentro do PIG para pagar colunistas. Vamos falar de Zelotes! Ahh, você não quer brincar desse brinquedo, ne…

  5. O texto do Brito está especialmente brilhante porque toca nas fraquezas humanas de todos os personagens. Lembrei do personagem do Chico, o Bozó que vivia se vangloriando: “Trabalho na Globo”.

  6. Se existisse alguém que pudesse mesmo comprometer a notória honradez do Presidente Lula vcs acham que a tucanalha ou a mídia-bandida que temos já não o teria localizado? Está ficando difícil para a vara de Gunatánamo atingir seu principal objetivo que, evidentemente, não é de combate à corrupção. A destruição das grandes construtoras brasileiras que atuam no exterior é um dos objetivos, entre outros objetivos igualmente antinacionais, para abrir espaços para as construtoras norte-americanas. As grandes construtoras atingidas pela palhaçada da lava-jato deveriam receber cópia do que o serviço de informações russo passou ao governo brasileiro.

  7. Verdade quantos pessoas no partido usavam e abusava do no nome do Briza tais como: Brizola falou,Briza não gostou, outras figurinhas tais como ontem estive na casa do Brizola. Para nós que conhecemos ele e bem, não dava essa liberdade a ninguem a vida privada dele era de esclusividade dele, então como ja sabiamos que era por dentro riamos e muito

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