Anitta, Voldemort, Dumbledore. Traduzir é fazer entender

Leitores e leitoras deste blog sabem que ele é avesso a “tretas e celebridades”, embora saiba que esta fumaça passou a ser parte integrante da paisagem dos nossos dias.

Nesta história do apoio da cantora Anitta à candidatura de Lula e da bobagem de Jair Bolsonaro explorar o fato de que ela diz que não é petista e não autorizar que seja ao partido o apoio que dá a seu candidato presidencial, há, porém, uma frase que ela usa que deveria ser uma inspiração para os que persistem com a ideia de que há alternativas diferentes para a eleição de outubro.

Minha escolha nessas eleições foi de trazer engajamento e mídia para a pessoa que tem maior chances de vencer Voldemort nessas eleições. Depois de muitas pesquisas a conclusão é de que essa pessoa é o Lula. E o que vou fazer daqui em diante é usar minhas plataformas no que eu puder ajudar para trazer mais visibilidade a ele com a propósito de não termos novamente Voldemort na presidência. Que isso fique bem claro. Meus ideais políticos e as coisas que eu acredito ficaram para as próximas eleições. Este ano meu foco é fazer minha parte para não dar brecha a esse possível pesadelo de reeleição.

Simples assim, ela resume em que está em questão: para que cada um de nós possa viver o ambiente da democracia e da disputa entre ideias e ideais é preciso exorcizar o perigo da reeleição de Jair Bolsonaro e do aprofundamento da treva que isso trará.

Porque – e novamente a metáfora escolhida pela cantora é precisa – este personagem é, como o Voldemort que Anitta busca no Harry Potter. Segundo a própria criadora do personagem, JK Rowling, aquele é “um psicopata furioso, desprovido das respostas humanas normais ao sofrimento de outras pessoas, e existem pessoas assim no mundo“.

Isso, sim, é o que de mais importante há ela disse, não querelas partidárias que só mesmo os fanáticos e oportunistas podem querer colocar em primeiro plano.

Anitta tem suas boas razões para dizer o “vamo que vamo” a Lula, a quem chama de Dumbledore no Twitter. Para quem não sabe ou lembra, o mais querido diretor da escola de bruxos de Hogwarts e o único bruxo que Voldemort temeu.

Mas, sobretudo, mostra que é muito mais inteligente que os bobalhões pensam, traduzindo para toda uma geração o que está em jogo na batalha eleitoral, com as referência do imaginário do seu tempo, embora não o do meu ou o seu, fazer milhares compreender.

Ainda bem que, por sermos diferentes na forma, podemos ter o mesmo na essência dos nossos pensamentos.

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