O colunista da Folha para assuntos da Justiça, Frederico Vasconcellos, conta hoje a incrível história dos juízes que protestam contra a exigência de vacinação para que magistrados que não tomaram e não querem tomar a vacina contra a Covid-19 possam circular pelos fóruns do Judiciário paulista.
“O grupo –cerca de 20 juízes, inclusive desembargadores– pediu ajuda à Apamagis (Associação Paulista de Magistrados). Eles entendem que o tribunal deveria respeitar a liberdade de cada magistrado.”
Vejam isso, ilustrados leitores e leitoras: homens que dão ordens às quais todos são obrigados a cumprir, gostem ou não, acham ter o direito de negar as recomendações médico-científica porque, ora, porque não querem e se acham cheios de suas razões negacionistas.
São, segundo o colunista, conhecidos como “juízes bolsonaristas”, portadores desta moléstia ideológica que assolou o judiciário e que, felizmente, estão hoje, tal como o Sars-Cov2, em decadência sanitária.
Não é problema exclusivamente paulista, pois todos se recordam da decisão de um juiz carioca que tentou proibir a apresentação de certigficado de vacinação para que se pudesse frequentar espaços fechados coletivos.
Vasconcelos reproduz o despacho de um juiz de de Franca (SP), que integrao grupo de inconformados com a exigência do TJSP em uma decisão em que concedeu liminar onde afirmava lockdown era inútil destacando que “não adotamos o regime comunista”.
Faltou apenas falar no chip e no jacaré.