Banir petróleo russo escala a guerra e ameaça a Europa

Veremos, nas próximas horas, se Vladimir Putin retaliará com o corte – ou a redução – do fornecimento de gás à Europa, como ameaçou caso os Estados Unidos banisse o petróleo russo de suas compras.

Os governos europeus duvidam que o presidente russo possa travar a entrega do agora praticamente único produto de exportações que lhe traz divisas internacionais, depois do bloqueio de grande parte de suas reservas internacionais.

Por isso, depois de uma alta assustadora pela manhã, os preços do petróleo reduziram sua alta de quase 10% para “apenas” 3,5% no dia.

Pelo visto, a Europa acha que o governo russo vai ceder e não levaram a sério o pedido feito, por teleconferência, pelo presidente chinês Xi Jinping, para que tivessem “máxima moderação” nas suas atitudes em relação ao embargo econômico à Rússia.

O primeiro dia de cessar fogo oferecido pelos russos – ainda que com um ou outro confronto – poderia ser o início de uma esperança de diálogo para por fim a uma guerra intolerável.

Mas a resposta do ocidente não poderia ser pior e o próprio Joe Biden, ao anunciar a retaliação, destacou que isso se destinava a infligir mais dor” aos russos. E vangloriar-se que “agora, um rublo vale menos que um penny [centavo de dólar].

Achar que isso terá outro resultado senão a continuidade e a ampliação da resposta que está ao alcance de Putin – a militar – é tão primário que só pode significar que se assumiu, sem disfarces, que o objetivo de enfraquecer e pretender a queda do governo russo é o objetivo central.

A destruição da Ucrânia, para o Ocidente, parece um preço barato demais.

 

 

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