Bolsonaristas festejam com se eles, não Musk, fossem donos do Twitter

Recomendar-se-ia mais cautela aos bolsonaristas – entre eles o próprio presidente e seu filho Eduardo, que estão comemorando nas redes sociais a anunciada compra do Twitter pelo bilionário Elon Musk, por incríveis US$ 44 bilhões (R$ 214 bilhões).

Em primeiro lugar, porque muito tempo ainda vai se passar antes que Musk assuma, de fato, o controle da empresa. A legislação antitrust nos Estados Unidos ainda tem lá as suas dificuldades e prazos.

Depois, revogar o acordo da empresa com a Justiça Eleitoral brasileira – o que foi pedido publicamente por Bolsonaro – será um péssimo cartão de visitas para a corporação.

Por último, não há porque crer que a disposição mostrada pelo TSE no caso do Telegram não vá se repetir se o Twitter resolver jogar para o alto a lista de compromissos que assumiu e deixe de aplicar filtros para mensagens de ódio, de fake news e de disparos em massa.

Claro que as posições expostas por Musk, contra qualquer espécie de regulação do uso das redes preocupam, mas a troca de controlador de uma empresa não a desobriga de honrar compromissos e, menos ainda, de cumprir as leis e as decisões dos sistema de justiça nacionais.

Mas que é curioso que a turma do “Brasil acima de tudo” esteja vibrando com a possibilidade de um magnata estrangeiro, montado nos seus bilhões, interferir a seu favor nas eleições, lá isso é.

Sai o “outro de Moscou” entre o “ouro do Elon”.

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