A crise politica da Venezuela não vai afetar o preço mundial do petróleo, por uma simples razão: ela já afeta faz tempo.
A Venezuela exportava, antes, quase 2,5 milhões de barris por dia.
Vivia disso, o que representava 95% de suas exportações.
Depois dos embargos econômicos feitos pelos EUA, este volume havia baixado, em fevereiro último, para perto de 0,5 milhão, apenas, quase todo ele (80%) comprado pela Índia.
As empresas norte-americanas ou que fazem negócios nos EUA podem até comprar petróleo lá, mas os venezuelanos não podem receber por ele, porque os valores serão bloqueados.
Além de não vender, os venezuelanos estão impedidos de produzir, primeiro porque a capacidade de estocagem está esgotada, depois porque se ressentem da importação de diluentes à base de nafta que possibilitem escoar o petróleo local por oleodutos, porque são muito densos para fluir por eles.
Aí vem o senhor Jair Bolsonaro, hoje, dizer que os preços dos combustíveis aqui podem subir, com os problemas do país vizinho.
Podem, mas apenas se os demais produtores especularem com isso, pois o petróleo venezuelano está virtualmente fora do mercado faz tempo.
Mas, ainda que fosse acontecer, qual seria o papel do governo brasileiro senão o de batalhar pelo restabelecimento da produção e do comércio daquele óleo, até para aliviar os preços mundiais e evitar o impacto sobre os preços internos?
Como é isso, a diplomacia “com ideologia” jogando contra nossos próprios interesses?
A Venezuela, podem apostar, servirá como “bode expiatório” para a elevação dos preços internos, porque estes estão -segundo o louco critério de fixarem-se apenas pela paridade câmbio/preço internacional – ainda abaixo do que deveriam estar, segundo os que advogam esta irresponsabilidade.
“A culpa é do Maduro”, dirão, embora sejamos cúmplices integrais desta política de embargo comercial.
17 respostas
Já que os generais querem briga , ele está jogando com os parceiros que votarão nele . Quem sabe os camihoneiros vão lá e dão um pau no Maduro .
Pelo menos por aqui, duvido que os caminhoneiros façam alguma paralisação contra o “governo” (sempre coloco entre aspas porque não consigo ver isso aí como governo) do clã laranjeiro-miliciano.
Além de desorganizados enquanto categoria profissional, as poucas lideranças que têm, ou que se supunha terem, parecem mesmo é abraçados ao peleguismo!
Primeiro o golpista corrupto temer aumentava os preços dos combustíveis com a mentira desavergonhada e espalhada por outra golpista FDP, a globo, de que o PT “havia saqueado os cofres da, e quebrado” a PETROBRAS. Agora o “coiso” como não tem argumento, propala outra mentira. E nós brasileiros acomodados, aceitando tudo.
E o Ônix disse que o desemprego crescente é culpa do PT.
Então, ficamos assim: o preço dos combustíveis é culpa do Maduro, o desemprego é culpa do PT, e o corte de verbas para a Educação é culpa das universidades, que promovem “balbúrdias”.
A Globo acaba de decretar que o governo de Maduro, eleito democraticamente na Venezuela, é “notoriamente ilegítimo”. Pergunta-se à Globo: E o governo eleito na base da detenção política dos adversários favoritos, é legítimo?
Mais uma mentira que, nas mãos do cartel da mídia, se tornará verdade indiscutível, pela repetição incessante, até estarem nas bocas de todos os mínions, esses zumbis descerebrados que infestam o Brasil.
O desemprego aumenta por culpa do IBGE. O combustível? A Venezuela. A desgraça geral que vivemos? Oras, alguém duvida? Um certo partido cujo nome começa por PT
Se o EEUU se apossar do petróleo venezuelano – à metade da distância, mais fácil de extrair, em maior quantidade, entre outras vantagens, e, portanto, muito mais lucrativo – o pré-sal brazuca (que eles já garantiram a preço de banana laranja-amarela-verde-oliva) muito provavelmente vai virar reserva estratégica deles e dormirá eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo, como cantam os milicos patrioteiros nos quartéis e, agora e de novo, também nos palácios de governo, junto com milicianos, atrás de enriquecimento rápido com o mercado genocida de armas e outras patifarias, enquanto – lacaios lesa-pátria – entregam aos patrões estrangeiros, o território recolonizado e o povo escravizado.
A culpa é do Trump com o embargo sobre o Irã.
Em maio, acaba o período de “tolerância” para continuar comprando o petróleo daquele país (período estabelecido unilateralmente pelos EUA para que os demais países tivessem tempo para se adaptarem à nova realidade e buscassem outros fornecedores).
Alo Maia, ao contrário da constituição americana famosa por ter somente dois ou três artigos, a nossa constituicao é expressa e prevê o princípio da auto-determinacao e a autonomia dos povos e cabe ao presidente da república respeita-los. Invadir outro país e envolver em seus assuntos constitui declaração de guerra porque o invadido pode retaliar e nos atacar com toda razao. Alguem tem que ensinar direito constitucional para o moleque do filho de Bolsonaro. Imaginem se qualquer país latino resolvesse invadir o nosso país para tirar o capitão do poder por ele ser ultra facista, homofóbico e racista e estar prejudicando o povo brasileiro. O que será que o capitão iria fazer? Além do mais para um congresso que considerou crime de responsabilidade as tais pedaladas de Dilma , é facilimo tecer o raciocínio de que uma intervencao militar tem exatamente o mesmo efeito que uma declaração formal de guerra.
Na minha opinião, se não houvesse Pré-Sal, nunca teríamos ouvido falar em Moro, em Bozo, em Impeachment, em Triprexs ou em Lava-jato.
Vendemos por centavos o barril, mas para comprarmos agora custa o preço internacional do barril.
Como produzir?
O problema da Venezuela é esse, não entregou o petróleo a preço de banana podre como nós.
A coisa que nos causa mais medo é não poder contemplar um McDonald’s em cada esquina, a segunda coisa é produzir em um dia aquilo que um americano precisa trabalhar dois dias para comprar.
O governo Trump ataca em duas frentes , contra a Venezuela e contra o Iran. Qual o motivo para tamanha prepotëncia ? Estáo jogando todas as fichas na controle da comodity, de forma que possam dispensar a antiga aliada, a corrupta e decadente monarquia da Arabia Saudita . O império precisa desesperadamente do ouro negro para manter o dõlar como moeda de troca nas transaçoes internacionais !!!!!!
Se houver o fechamento total do Estreito de Ormuz, o cenário será de caos total, com o barril dobrando ( ou até mais que isso ) de preço.
Pepe Escobar explica a demência global – YouTubehttps://www.youtube.com/watch?v=1C9yynr3cAQ
Aqui está a página que publica diariamente os preços da gasolina no mundo.
A da Venezuela é a mais barata.
https://pt.globalpetrolprices.com/gasoline_prices/
..;o Brasil poderia estar comprando esse petróleo mais barato e, como consequência aliviaria a pressão sobre a Venezuela, manteria estrategicamente as reservas nacionais por mais tempo e reduziria a ociosidade das refinarias nacionais o que aumenta a produtividade e reduz preço…mas…é difícil argumentar com estúpidos
Bem, ele pode ter um pouco de razão, mas a culpa será dos Estados Unidos e não da Venezuela. É como aquela canção do Arnaud Rodrigues, que diz que o urubu está furioso com o boi porque o boi não quer morrer para ele se banquetear. Realmente, se os EUA e Israel começarem a guerra contra o Irão, que tudo indica que começarão em breve, os preços do óleo poderão chegar a 300 dólares o barril fácil fácil. E nós, que deixamos o terror de cabeça branca dar mais uma cabeçada na Petrobras e indexar nossos preços aos preços internacionais, embora estejamos nadando sobre num mar de petróleo iremos ter que pagar 15 reais pelo litrinho da gasosa. A compensação para isso seria o petróleo abundante da Venezuela, mas para isso será preciso tomá-lo. E o boi continua sem querer morrer.
Urubu tá com raiva do boi, mas eu não sei se ele tem razão… é que o urubu tá querendo comer mas o boi não quer morrer não tem alimentação. Mas os bolsominions só ficam no “Vou bate pa tú bate pa tú… de twitter facebook e “zapzap”…
E os idiotas coxinhas bolsominios repetem o mantra, a culpa é do Maduro ditador, Venezuela comunista… são burros e desinformados ou se fazem de.