Estamos assistindo a um show de hipocrisia.
Jair Bolsonaro vai a uma rádio dizer que o presidente da Petrobras – que ele nomeou há apenas dois meses – que o cidadão é um “traidor do povo brasileiro” por ter aumentado o preço dos combustíveis.
Portanto, o almirante Bento Albuquerque, que indicou José Mauro Coelho para o cargo, traidor também deve ser.
O general Silva e Luna, que há três meses caiu do cargo pelos mesmo motivos, então, também é traidor.
Como são traidores os conselheiros que votaram ontem para que se aumentasse o preço.
Ora, nem no Sábado de Aleluia se encontra tantos Judas ao mesmo tempo.
Está claríssimo que Jair Bolsonaro armou esta sua guerra de mentirinha, onde a única coisa verdadeira é que o povo vai pagar por ela, para surgir como o “abaixador de preços”, conclusão inevitável desta história, nem que seja aumentando a facada nos cofres públicos através de subsídios.
É tão primário que custa a crer que haja gente que acredite que ele está, de fato, achando que foi traído.
Não e todos os personagens deste embrulho, consciente ou inconscientemente estão desempenhando o papel que Bolsonaro lhes designou.
Só há um Judas nesta história, Jair Bolsonaro, que traiu todos os seus compromissos de regular o preço dos combustíveis e defender o controle público sobre a Petrobras.
Conta que ainda há otários o bastante para acreditarem nele.