Milton Ribeiro entrega cargo no MEC a Bolsonaro, que deve aceitar demissão, diz agora a manchete do Estadão. A demissão, “a pedido”, acontecerá, segundo o jornal, ainda esta semana.
É a cara do pastor do MEC, não a do presidente, a que vai ser posta no fogo, como na história, que já contei, do “bode expiatório” sendo posto no deserto para purgar os pecados alheios bem longe, onde não possam escandalizar.
A pressão é cada vez maior dos pastores “políticos” que não querem que sobre para eles. Depois de Silas Malafaia tem mandado seu respresentante chamar os dois pastores favorecidos pelo MEC, hoje foi a vez de Marco Feliciano fazer um “apelo” que é, na verdade um “pede pra sair“, tuitando a Ribeiro: “Caro Ministro @mribeiroMEC por sua saúde emocional, por sua família q deve estar sofrendo, por nós evangélicos q estamos sendo triturados, pelo Pr@jairbolsonaro q em um ano tão importante está sendo arrastado pra essa história estranha, não retarde seu licenciamento!
De tudo se acuse Bolsonaro, menos de não ser dotado de um apurado instinto de sobrevivência. Fora da pasta, adiam-se as investigações, sai-se da batuta severa da Ministra Cármem Lúcia e Ribeiro fica disponível para absorver, pessoalmente, os deslizes cometidos por seu chefe.
A Educação? Ora, o que tem de errado em que a pasta vá para a quarta troca de ministros, cada uma delas por motivos menos nobres que a anterior? Ou nem isso, seja deixada na mão de um interino – possivelmente o atual secretário-executivo, Victor Godoy Veiga – para não atender de imediato aos desejos do Centrão por suas verbas e sugerindo que, se a querem, o reelejam.
Este é o roteiro, mas é claro que nas lamas deixadas no caminho, algo escorregue e saia dos planos.