Bolsonaro leva mais uma: Datafolha sugere Lula em 1° turno: 51%

Os 47% que Lula manteve na pesquisa Datafolha que acaba de ser divulgada significam 51% dos votos válidos e, portanto, na margem de erro, sugerem que o ex-presidente, mesmo antes de ter a chance de se comunicar com a população com o horário eleitoral, tem uma posição que lhe permitiria, mesmo no momento do pagamento dos “vales” de Jair Bolsonaro, fechar a eleição em primeiro turno.

O único recorte em que Bolsonaro cresce significativamente é o evangélico e este não é um movimento sólido, porque é fundado numa onda de mentiras que tende a ser reduzida quando a campanha pelos meios de comunicação for se desenvolvendo.

Este crescimento, porém, foi compensado pela ascensão, leve também, de Lula em outros segmentos e isso valeu a Lula manter os 47% da pesquisa anterior.

Francamente, eu consideraria positivo qualquer resultado de 12 pontos ou mais para Lula. Foram 15.

Mas chamo a atenção para um fator que se deve levar em conta: o dado sobre a liderança de Fernando Haddad em São Paulo, com 38%, num forte crescimento e vantagem de mais de o dobro sobre o candidato bolsonarista, Tarcísio de Freitas, que tem 16% é o mais expressivo de algo que se expande pelo Sudeste, 42% do eleitorado nacional, onde a vantagem de Lula se consolida, se somando a seu vasto favoritismo no Nordeste, 27% dos eleitores do país. Somados, dois terço dos eleitores brasileiros.

O ex-presidente tem 13 pontos de vantagem em São Paulo, com 44% contra 31% de Bolsonaro; em Minas, segundo maior colégio eleitoral, abre 20 pontos – 49% das intenções de votos, contra 29% de Jair Bolsonaro e, no Rio de Janeiro, registram-se 41 %, enquanto Bolsonaro fica com 35%.

Este é o recorte mais importante, o do voto regional, porque é aí que se forma o perfil do voto nacional, porque é onde se formam as tendências eleitorais que se sobrepõem às de escolaridade, renda, religião, idade e escolaridade, porque é o que reflete o ambiente real de vida das pessoas.

É o mundo real, o caldo de cultura onde as pessoas vivem e convivem.

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