Bolsonaro não tem máscara na cara. Queiroga não tem vergonha na sua

O sr. Marcelo Queiroga repete, monocordiamente: “usem máscara, usem máscara”.

O chefe do sr. Queiroga, Jair Bolsonaro, não a põe na cara sequer para evitar bafejar sobre bebês, na aglomeração patética que foi, de helicóptero, promover hoje de manhã em Goianópolis, a 140 km de Brasília, sem nenhum compromisso, apenas para “mostrar sua popularidade”, juntando algumas dezenas de pessoas num campinho de futebol.

Bolsonaro sabe perfeitamente que mesmo já tendo tido Covid, nada o impede de carregar, nas narinas, o vírus e, portanto, transmiti-lo.

Portanto, está deliberadamente assumindo o risco de infectar pessoas e, pior, até mesmo uma criança de colo, indefesa.

Disso sabe o sr. Queiroga, que é médico e que já pediu não só para que todos não apenas cubram boca e nariz com máscaras como evitem “aglomerações fúteis”.

O sr. Queiroga tem uma máscara no rosto, mas se encolhe e se omite covardemente ante um presidente que não tem vergonha na cara e submete pessoas, inclusive um desprotegido bebê, que nem pode saber dos riscos.

Tivesse vergonha, além de máscara, na cara, Queiroga estaria, neste momento, apresentando sua demissão e usando o próprio Bolsonaro como exemplo do que não se pode fazer, porque é cruel e criminoso.

Alguém acredita que o fará?

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