Na Folha adianta-se o segundo dos quatro passos do “licença para matar” anunciados por Jair Bolsonaro.
Agora, para usar “Garantias da Lei e da Ordem” para que forças federais esvaziem terras ocupadas por lavradores, a partir de reintegrações judiciais.
O argumento é o de que as autoridades dos estados “protelam” as ações policiais, negociando que a retirada seja pacífica e se encontre um lugar para que aquela gente pobre e desamparada vá.
“Quando marginais invadem propriedades rurais, e o juiz determina a reintegração de posse, como é quase como regra que governadores protelam, poderia, pelo nosso projeto, ter uma GLO do campo para chegar e tirar o cara”.
Para essa nobilíssima missão de “tirar o cara”, Bolsonaro acena com tropas federais, transformadas em jagunços com mandado para enxotar a pobreza rural, que se atreveu a ocupar terras, já devidamente excluídas de responsabilidades penais, pelo “passo um”, a decretação da licença para matar nestas operações.
Os militares vêem-se na condição que os puseram no início do século, em Canudos e na Guerra do Contestado, quando as oligarquias estaduais abocanharam as terras devolutas da União, através dos Estados. Agora, vai a União, através de polícia federal e militares, fazer o papel de guardadores de latifúndios.
Nos tempos em que defesa é, cada vez mais, conhecimento e tecnologia, regride-se um século.
Numa escala de zero a cem, a possibilidade de confrontos violentos – nos quais, agora, é liberado o uso de armas dentro das propriedades – é de 101.
Que triste figura fazem os senhores generais, agora convertidos em subordinados dos coronéis da roça.
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"CAVALEIROS DA TRISTE FIGURA "
Cervantes
é isso o que merecem, serem capitães do mato oficialmente
Tem q denunciar na onu ou algo assim
E torcer pro trump ser estuprado nas urnas ano q vem
E para nos contrapôr a isso ,nós temos que fazer política.?????????????????????????????????????????????????????????????
estamos nos tempos medievais, com uma monarquia dominando o poder dos proletários. Precisamos lutar para recuperar nossa dignidade e resgatar a democracia em Brasília, local em que somente alguns pelagositos se sentem protegidos para blindarem o poder deste que não temem o povo.
De exército de ocupação americana a jagunços de coronéis... muita decadência!
O objetivo óbvio é o de imobilizar e destruir o MST.
É muito triste pensar que os generais de hoje, no passado recrutas, todos de origem pobre, favelas, afro-descendentes, são as lideranças a cumprir ordens para mandar prender, arrebentar, jogar bombas, balas de borracha e ... porque nenhum filho de papai vai servir o exército, vão todos direto para as universidades. Raul Seixas tinha razão.
A rigor, os projetos de destruição dos estados periféricos, elaborados com o fim de manter esses estados em situação de submissão eterna aos poderes centrais do planeta, compreendem o desmonte das suas forças armadas e sua transformação em meros gendarmes de proteção para suas elites corrompidas e aliadas daqueles poderes centrais, contra sinais de rebeldia vindos de seus povos eternamente injustiçados e explorados. Mas o destino supremo do Exército é garantir, com o máximo de excelência profissional, a defesa do país contra ameaças de inimigos externos, assim como contribuir em tudo o que puder para seu desenvolvimento econômico-social e, principalmente, garantir a prevalência e o fortalecimento de sua democracia. Se as policiais são fracas, fortaleçam-se as polícias com ajuda federal, se o problema for constitucionalmente da alçada federal. Este país ainda não é uma ditadura bananeira na qual um somoza qualquer manda seu exército fazer o que ele bem quer.