Não tinha visto, até ser avisado, ontem, por meu filho, o ótimo minidocumentário sobre o confronto entre Brizola e a Globo pela construção do Sambódromo. E é excelente, reproduzindo com grande precisão – faltou mencionar apenas que a Passarela do Samba era, fora do Carnaval, uma imensa escola para 5 mil crianças – e contextualiza fatos para quem – que inveja! – tem 20 ou 30 anos e não pode lembrar do que se passou décadas atrás.
É do Meteoro.doc, canal do Youtube criado por Álvaro Borba e Ana Lesnovski, que foram buscar imagens de arquivo preciosas para a construção dos antecedentes do histórico “Direito de Resposta” que Cid Moreira foi obrigado a ler em março de 1994, onde registro e agradeço o tratamento gentil e generoso que teve meu modesto papel nos fatos, o qual levei 20 anos para narrar.
Vale a pena assistir a este e outros vídeos do Meteoro e, se puder, increver-se, como fiz, no seu canal.
13 respostas
Vai escrever bem assim lá no Tijolaço. O texto é tão bom e vibrante que dá até a impressão de que o Cid Moreira leu com prazer. Rsss
Simplesmente sensacional
É um dos melhores canais do Youtube em português, sem dúvida.
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U$ 1,470.000,00, somos ou não o povo mais COVARDE do universo?
Covarde não sei, mas ignorante, imbecil, estúpido, preconceituoso, racista e alienado com CERTEZA.
Brito. Incentive esta turma a fazer um documentário sobre o projeto Brizolão, quando o país e o Rio tinha quase a metade da população de hoje vem esta proposta de ensino integral de qualidade, com alimentação, tratamento para todas as crianças e alojamento para algumas e acabou com uma penada do Moreira Franco, candidato da Globo. A nova geração não conhece esta história triste e quando até muitas petistas diziam que escola não era restaurante.
Meteoro é excelente! Conteúdo riquíssimo, fruto de trabalho de pesquisa primoroso.
Caramba, vivi os anos Brizola, em São Gonçalo sempre estive junto dos movimentos do PDT, com o pessoal da Educação, Darcy, embora eu fosse sempre um “de fora” da politica, eu era um noviço de física teórica, mas professor de Universidade Publica Federal, como ficar alheio?? Acompanhava os Tijolaços, como iria imaginar que não seria o Brizola escrevendo? Como posso entender que não é o Brizola que escreve hoje no Tijolaço?? Caramba, acostumado a tantas coisas “estonteantes” da física moderna, me sinto aparvalhadamente confuso com esses gigantes de nossa Historia recente. Desculpe, precisava desabafar há muito temo com o camarada Brito.
Ser inscrito no canal do meteoro é quase uma obrigação pros progressistas ;)
O canal é ótimo, traz sempre notícias atuais.
Não é à toa que lhe admiro e sou leitor assíduo desse Tijolaço, Brito. Seria bom que esse vídeo histórico fosse colocado em todos os blogs progressistas. Meteoro não foge ao nome.
Esse dia no jornal nacional, eu vi. Vibrei muito! Só não sabia , que tinha sido escrito pelo Brito! Realmente, é um texto extraordinário! Acertou, no cú do mosquito!
A alguns anos atrás, eu já tinha visto esse direito de resposta do Brizola, que golpe na rede Goebels! sensacional.
Mas, melhor que isso é com certeza, saber que foi você, Fernando Brito, que escreveu essa resposta.
Registro aqui minha admiração (a qual já tinha) pelo profissional que é, e meus parabéns!
Estamos em boas mão aqui no tijolaço! Forte Abraço.
Transcrevo a seguir o que meu pai redigiu e pediu que eu publicasse.
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A “confissão” de Fernando Brito deita por terra um dos tantos ditos falaciosos do chamado American way of life, o “Self made man”.
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Não existe quem possa afirmar que conseguiu ser algo na vida somente a partir de seus próprios esforços. Todo e qualquer ser humano, em um ou outro momento de sua vida, o mais provável é que se dê em muitos momentos, ver-se-á na inarredável obrigação de contar com o apoio de um seu semelhante – normalmente, mais de um – para dar sequência e forma a seu projeto de vida.
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Leonel Brizola foi um grande, que muito poucos conseguiram igualar – creio que podemos colocá-lo na lista dos imprescindíveis, de Bertolt Brecht – mas, ainda assim, precisava contar com a ajuda, com o apoio de outros abnegados para dar consequência a sua luta, a seus projetos, a seus sonhos.
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E, se dele se acercaram patifes oportunistas, dos quais nem devemos citar os nomes, também se acercaram pessoas do quilate de um Fernando Brito. Um quilate tão relevante que Brizola, conhecido por ser uma raposa que farejava “o golpe” a grande distância, destinava a esse jornalista tarefas do naipe dessa narrada neste post e no de 15 de março de 1994.
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“Um homem que era tão grande que estar à sua sombra foi também – e é para sempre – estar sob sua luz.” Por seu talento que, ao que tudo indica, era inato, Brizola foi um dos grandes, de muito difícil, como costumamos dizer os gaúchos, iguala. Contudo, só conseguiu alargar essa grandeza, só deu consequência a ela a partir da cooperação, da conjunção de esforços com outros que também foram ou são grandes.