Cancelamento da Covaxin é confissão que tudo ali fede

Anuncia a Folha que o governo estuda uma forma de cancelar a compra das vacinas indianas Covaxin.

O assunto estaria sendo tratado no Ministério da Saúde, mas também na Casa Civil, do general Luiz Eduardo Ramos.

Discutem-se duas formas de cancelar o contrato: o descumprimento de prazos de entrega pela Precisa/Bharat Biontech ou a desistência das empresas de entregarem a documentação exigida pela Anvisa.

Assim, seriam abolidas as suspeitas de corrupção no negócio, pelo fato de que ele não se consumou e não houve pagamentos.

O fato, porém, é que o contrato foi assinado, os empenhos para pagamento realizados e a razão para se buscar sua anulação são exatamente as suspeitas de corrupção.

Que, aliás, jamais foram levadas pelo presidente da República, ao tomar conhecimento delas, à devida investigação pela Polícia Federal.

Não vai adiantar coisa alguma para o Governo e não creio que isso vá ser anunciado imediatamente, até porque soa como uma confissão de que o negócio fede.

Ter sido em relação à vacina, ter ocorrido no bunker do Ministério da Saúde militarizado até a medula, envolver empresários com um histórico de maracutaias e, mais que qualquer coisa, ter acontecido com a ciência e omissão do presidente, tudo cria uma lama que não tem como deixar de aderir a Bolsonaro.

Para quem se preocupava com a vacina fazer virar jacaré é irônico que venha a a transformar o moralista em desmoralizado.

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