‘Candidato’ Bivar é o coveiro merecido da ‘3ª via’

Com a atenção que deveria merecer – isto é, nenhuma – Luciano Bivar lançou a si mesmo como ‘candidato’ do maior – em matéria de dinheiro e tempo de TV – partido brasileiro, o União Brasil, este estranho agrupamento surgido na política brasileira, sempre muito exótica.

Bivar, claro, só existe aí, no mundo da politica profissional e da busca de vantagens. Para o eleitorado é uma fração de nada.

Mas representa perfeitamente o que foi este artificialismo que foi a tal ‘3ª Via’, soprado com incrível insistência, da mídia brasileira para dissimular o óbvio: este monstrengo que, a rigor, se destinava apenas a confundir o eleitor sobre o que há de fato: o confronto é entre Lula e Bolsonaro.

Como tudo que não tem base real, foi se dissolvendo e, a esta altura, nem a mídia madrinha já lhe dá muita atenção.

Sempre resta a suspeita, tratando-se de prestidigitadores da política, todo o tempo dispostos a movimentos de mão que iludam a plateia, de que a “vaga” sirva de ameaça para um Moro returns, mas a nova edição de Batman está tão desmoralizada que torna isso uma piada, como a que se tentou fazer com Sílvio Bantos, em 1989, sob a batuta do grupo de senadores – Marcondes Gadelha, Edison Lobão e Hugo Napoleão – que ficaram conhecidos como “Três Porquinhos”.

Bolsonaro dá mais que um doce, dá uma confeitaria inteira para que isso não aconteça. E sabe-se como é doce o que se assa nos fornos do poder.

Restam, patéticos, os nomes de Simone Tebet e João Doria, candidatos de si mesmos.

A primeira, para cumprir o papel de candidata-fantasma, aquela que ninguém vê e, portanto, não atrapalha. Já Doria, ao contrário, é assombração que, quando aparece, faz todos quererem fugir.

Bivar tem mesmo o physique du rôle para mandar almas penadas para o descanso.

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