Caso MEC: Bolsonaro ‘bota cara no fogo’, mas não bota Ribeiro no vídeo

Se, de fato, Jair Bolsonaro pusesse “a cara no fogo” – estranha expressão – pelo Ministro da Educação, Milton Ribeiro, teria posto, como já fez com muitos de seus auxiliares atacados por qualquer razão, o Ministro da Educação no vídeo de sua live. Recordem-se, para ficar num caso, do tratamento que recebeu Eduardo Pazuello…

Defendeu Ribeiro de “corrupção”, mas não é de corrupção pecuniária que o Ministro é acusado e nem só pelo que está sendo investigado: as acusações, segundo o despacho da Ministra Cármem Lúcia, que mandou instaurar inquérito, são de “advocacia administrativa, prevaricação e e tráfico de influência, além de corrupção passiva privilegiada, segundo o parágrafo 2° do artigo 317 do Código Penal: “Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem”.

Na gravação do ministro-pastor está claramente identificado quem é o “outrem” que quer ver os espertalhões atendidos: o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.

Aí está o medo de Bolsonaro e a razão para não ter despachado, com um piparote, o ministro encrencado. Gente com muito mais importância no bolsonarismo, como o falecido ministro Gustavo Bebianno, seu braço direito na campanha presidencial, no caso que ficou conhecido como “Laranjal do PSL”.

Pode ser até que não se visasse ganhos em dinheiro, ao credenciar como “seus” os pastores – olhe lá, porque até as “merrecas” da Wal do Açaí eram sacadas em dinheiro vivo, como nas rachadinhas Queiroz/Flávio Bolsonaro – mas apenas a transformação das mais de 200 igrejas de Gilmar em comitês eleitorais no Nordeste, ainda assim trata-se de obter vantagem política indevida.

Bolsonaro, lembrem-se, só defende a si mesmo.

É o “Eu acima de tudo”.

 

 

 

 

 

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