Com 79 casos, Itália já é o 2° país em mortes por coronavirus

Está-se muito perto de um bloqueio total de grande parte da Europa, em razão do crescimento do número de casos – e de mortes – na Itália.

As vidas perdidas para a doença saltaram, em um dia, de 52 para 79, em 2,5 mil casos de contágio confirmados.

A Itália tem relutado em adotar medidas drásticas de bloqueio e viu o número de infectados e mortos passar de 79 e 2 para estes que descrevi, em apenas 10 dias. E com 27 mortes em um único dia.

França e Alemanha já têm 200 casos, cada, e a Espanha está chegando lá, com 153.

Poucos países têm, pela imensa quantidade de migrantes oriundi, tantas ligações com o mundo ocidental.

Em nome de evitar o colapso – inevitável – do turismo, ontem mesmo haviam reaberto a Catedral de Milão, bem no centro da região mais afetada pelo problema.

Na Europa, é provável que se esteja diante de uma situação e disseminação que, em alguns dias, levem a dezenas de milhares de pessoas – hoje já são bem mais de 3 mil – com a doença viral.

Não vai ser o Federal Reserve que resolverá isso.

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5 respostas

  1. Aos poucos começa a se perceber a incrível capacidade de transmissão do coronavírus…E também que o mesmo já está sofrendo mutações, o que complica a maneira de combatê-lo…Para piorar hoje temos grandes conglomerados humanos, o que facilita a disseminação do mesmo.

  2. A grande discussão que vai ter lugar na Europa é sobre o welfare state. A diferença maior entre os países vai se dar entre aqueles que dispõem, ao alcance de todos, de uma rede de suporte social mais ampla (cuidados de saúde aqui incluidos) e aqueles mais próximos da austeridade fiscal neoliberal. Em termos de sociedade, França e Alemanha diferem de Itália e Espanha pelo que têm de qualidade de vida, mas se aproximam pelo que oferecem de amparo aos desvalidos e imigrantes. Os mediterrâneos e ibéricos são vistos pelos primeiros como “terceiro mundo europeu”, por terem economias menos austeras e organizadas. Todavia, o nível de capacitação do losango francês e do gigante teutônico não estão impedindo a disseminação viral. Será que isto se deve a um denominador comum, a saber, a população-alvo (adultos idosos e com doenças crônicas ou debilitantes) das periferias franco-alemãs ter qualidade de vida tão baixa quanto os mais pobres ítalo-espanhóis? Isto explicaria porque o Benelux tem tão poucos doentes, sendo uma região de trânsito para muitos viajantes europeus. Com a palavra, os epidemiologistas da WHO e da UE.

  3. Nada como ser o emissor de moeda do mundo. O FED foi lá e baixou os juros numa canetada. Não tem Miriam, não tem Sardenberg, não tem PIG para dar palpite.

    Aqui, o COPOM sempre com um ovo na boca – pode ser como também pode não ser, muito pelo contrário, etc, etc.

  4. Isso deve ser atribuído ao frisson neoliberal que acometeu a Itália depois da devastação política da operação Mãos Limpas, que destruiu os pilares social-democráticos do país, deixando o Estado impotente para responder a tais desafios. Enquanto não ficar provado que o vírus tem preferências étnicas e raciais, como querem alguns, sua devastação se deverá à debilidade da estrutura de saúde pública.

    1. Primeiro, disseram que o vírus não atingia ninguém da “raça” branca. Quando morreu o primeiro branco italiano, espalharam que os italianos eram os brancos mais suscetíveis, porque na epidemia da gripe espanhola foram os mais atingidos da Europa. Só falta falarem que o vírus não atinge ninguém de renda maior que trinta salários mínimos por mês.

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