Para “driblar” as dificuldades de conexão, nesta liquidação da tal “Black Friday” , ajudei ontem uma pessoa que desejava comprar uma geladeira e um fogão na pesquisa de preços, embora meio incomodado com o colonialismo cultural que complica o que, no meu tempo, era “liquidação”.
Deu para ver a quantidade de “picaretagens” com preços praticado pelas grandes redes de varejo.
Curiosamente, três das maiores, campeãs de reclamações no site Reclame Aqui, são as controladas pelo grupo Pão de Açúcar, cujo controle foi assumido pela francesa Cassino, desbancando Abílio Diniz.
Tempos atrás, apanhei um bocado aqui por defender que o BNDES tomasse o controle do grupo, evitando sua desnacionalização.
Abílio Diniz, por quem não tenho a menor simpatia, não era a razão.
A razão é a concentração de um mercado gigantesco, onde imperam os abusos e a falta de concorrência.
Aliás, nas vendas pela internet, Extra e Ponto Frio são a mesma empresa, com o mesmo sistema e as pequenas variações de preço que registram são apenas conveniências de markting.
Os abusos são de toda a ordem: em preços e em fretes, que chegam a custar R$ 400 reais por uma geladeira, mesmo para entrega em capitais onde já contam com rede de lojas e, portanto, centros de distribuição.
A concentração de mercado é uma realidade que só os tolos da “liberdade absoluta de mercado” parecem não enxergar.
E os nossos mecanismos de defesa do consumidor pouco podem fazer contra elas.
E a mídia, é claro, é quase toda silente sobre isso.
Tanto que, enquanto os jornais se apressam em reproduzir tudo o que dizem de mau sobre o Brasil que possa atingir o governo, silenciam sobre o que faz a iniciativa privada.
A exceção, para comprovar a regra, foi o R7, que reproduziu matéria da revista Forbes, que ilustra o post, dizendo que “Nos EUA, a Black Friday remete a negócios; no Brasil, remete a fraude”.
Ainda assim, mesmo embutindo juros nos preços a vista, maquiando valores e maltratando os consumidores, as vendas crescem.
Embora continue o chororô.
Os Estados Unidos comemoram uma alta de 0,5% em outubro. Aqui, um índice igual em setembro foi lamentado como um desastre, embora represente uma alta anual de 4,1%, em volume.
E, mesmo com a previsão de que essa taxa suba para 8% este mês, o Correio Braziliense dá matéria dizendo que “o natal está ameaçado”.
Quem tentou acessar os sites de vendas ontem pode “comprovar” como é incrível o discurso dos analistas que só vêem crise no Brasil.
Apesar das previsões catastrofistas diariamente veiculadas nos jornais e TVs, 62% dos brasileiros acreditam na melhoria das condições da economia.
Embora a situação não esteja fácil para ninguém, depois de um primeiro semestre difícil em matéria de inflação, os urubus não conseguiram acabar com o otimismo, que se reflete nas vendas.
Com “Black Fraudei” e tudo, a população está confiante.
E ficaria mais se o comércio brasileiro voltasse a apresentar níveis de concorrência, reduzindo suas margens abusivas de lucro.
PS. A propósito: as compras acabaram sendo feito na loja da fábrica de eletrodomésticos. Igual no preço e sem o “golpe do frete”.
18 respostas
Ainda falta muito para deixarmos de ser uma sociedade de ‘espertos’, não é mesmo?
Ainda falta muito para deixarmos de ser uma sociedade de ‘espertos’, não é mesmo?
Ainda falta muito para deixarmos de ser uma sociedade de ‘espertos’, não é mesmo?
A revista Veja vai fechar?
Por Altamiro Borges
Em entrevista ao jornal Valor nesta quinta-feira (28), Giancarlo Civita, presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril – que edita a asquerosa revista Veja – anunciou que a empresa está mudando o foco das suas atividades. Num linguajar tipicamente patronal, ele informou que o objetivo é montar uma estrutura “mais enxuta” – o que significa, na prática, mais demissões e arrocho salarial. “O que eu venho defendendo é que a editora é um pilar, mas temos também outros pilares, que valem ser desenvolvidos”, afirmou. Seu plano empresarial visa fortalecer o setor de livros didáticos e cortar os investimentos na área das revistas – o que deve fazer tremer os adoradores da Veja.
Neto de Victor Civita, o direitista importado dos EUA na década de 1950, Giancarlo aposta tudo na Abril Educação e na DGB, que opera na distribuição e logística. “No grupo Abril nós temos mais de 80 empresas. Estamos fazendo uma reestruturação para que essa estrutura fique mais simples, mais limpa, para que seja uma estrutura mais eficiente do ponto de vista fiscal”, explica. Enquanto estes dois setores crescem, o Valor informa que a divisão das revistas tem um desempenho preocupante. “A receita deste ano, que deve chegar a R$ 2,7 bilhões, vai ser ‘flat’ [sem crescimento]”, afirma Fábio Barbosa, que comanda esta divisão. “Estamos tentando adiar a queda da curva da receita”.
A entrevista dos dois chefões do Grupo Abril ao jornal Valor confirma a violenta crise no setor de revistas deste império midiático. Nada indica, porém, que a abjeta revista Veja esteja com seus dias contados. Ela pode até dar prejuízo, mas é um instrumento indispensável das elites dominantes para interferir nos rumos políticos do país. Além disso, ela conta com os bilionários anúncios publicitários dos governos tucanos e com a ajudinha da Secom (Secretaria de Comunicação) da Presidência da República, que deve ter alguma complexo masoquista.
Contunuo dezendo: A GLOBO é a DESGRAÇA do BRASIL.temos que combatê-la.Observe o caso do futebol: Só a DESGRAÇADA manda no futebol, não há concorrência.A DESGRAÇADA impoem o harario que ele quer, ás 22h pra não perder a audiência de suas novelas IMORAIS.
Fernado Britto, você estava fazendo uma falta danada!
“Nos EUA, a Black Friday remete a negócios; no Brasil, remete a fraude”.
Muito boa a observação: “Nos EUA, a Black Friday remete a negócios; no Brasil, remete a fraude”.
Fraudes e mais fraudes. O Pagseguro da Uol é conivente com as fraudes: eu, bestamente, comprei um relógio em dezembro.2012. Paguei. Nunca recebi, apesar das reclamações. Em 07.10.2013, esquecido da primeira experiência, fiz nova compra de um relógio Armani. 10 dias úteis para entrega. Paguei. Hoje, 29.11.2013 – 36 dias da compra (mais dez dias úteis). Nada. Não recebi nada. Site: Só Agora, vinculado ao Pag Seguro.
Fraudes. Não comprem. Divulguem.
É como disse o Caue Moura em um dos seus ácidos vídeos:
“Black Friday Brasil; tudo pela metade do dobro.”
Nossa essa é a melhor notícia dos comentários : A REVISTA VEJA vai fechar!!!!!!!!!!! Maravilhosoooooooooooooooooooooooooo!!!!!!
Irineu, não brinca, você me mata do coração.
é verdade mesmo que ela vai fechar..
Adoro excluir da caixa de entrada, as insistentes
intenções de me vender uma assinatura.
Agora nem isto mais no e-mail..
Tudo ´pela metade do dobro.
Essa BLACK FRRIDAY daqui é uma picaretagem só – salvo raras exceções – eles aumentam o preço para depois darem o desconto.
Enquanto a merdia não se cansa de agourar sobre um Natal “fraco”, aqui na cidade do Rio você não consegue entrar em uma loja sem enfrentar uma multidão enlouqecida atrás de tudo o que é eltroeletronico, de artigos para casa de todo tipo, de roupas, perfumaria, panetones, caixas de chocolate, enfim, tudo o que se possa imaginar. A guerra das compras é, a meu ver e falta de coragem para enfrentá-la, infinitamente maior do que nos anos anteriores. Novamente o terrorismo pré-natalino da mídia golpista vai fracassar.
DILMA 2014!
Nós vivemos no país de faz de conta, onde a mentira é pregada e os incautos são pegos.
Copiar é fácil a Black Friday norte americana…no Brasil, a Black Fraudei, novidade de um país “Sério”.
Nós vivemos no país de faz de conta, onde a mentira é pregada e os incautos são pegos.
Copiar é fácil a Black Friday norte americana…no Brasil, a Black Fraudei, novidade de um país “Sério”.
Pelo visto não é só no Brasil que os comerciantes tentam enganar os consumidores, nos EUA também …
Black Friday Study: 92% of 2013 Black Friday Ads Contain Exact Same Items at Same Prices as 2012 http://www.nerdwallet.com/blog/shopping/2013/black-friday-ads-repeat-items/