Está chegando a Brasília o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, nomeado comandante do Exército.
Está chegando a Brasília, de volta de Roraima, o presidente Lula, para uma reunião com o Ministro da Defesa, José Múcio, e da Casa Civil, Rui Costa.
Alguma atitude muito hostil ao governo foi tomada pelo comandante exonerado, porque Lula não é do tipo de precipitar qualquer exoneração de sua equipe sem preparar essa mudança.
Aliás, melhor dizendo, uma nova atitude de hostilidade ao governo legítimo, porque hostilidades intoleráveis já tinham ocorrido antes, com a recusa de desmantelar os acamamentos golpistas e o “peitaço” nas forças policiais que foram cumprir ali a ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes.
Diz-se que foi uma recusa a retirar o ex-faz-tudo de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, do comando do 1° BAC, o Batalhão de Comandos, próximo a Brasília, para o qual foi indicado nos últimos dias do governo passado e ainda não assumiu.
Não acredito.
A fala legalista divulgada pelo general Tomás – quarta feira, muito antes de sua indicação – indica que a manutenção do general Júlio Cesar Botelho no comando da Arma já era algo questionado dentro do Alto Comando do Exército, que ambos integram.
Lula cedeu em todo o “amortecimento” que José Múcio vinha tratando o assunto e só não abriu mão da necessidade de que sejam punidos todos os que foram cúmplices do golpe tentado no dia 8 de janeiro.
Deu todas as oportunidades para que os comandantes militares se ajustassem ao leito da normalidade, do qual jamais deveriam ter saído.
Se agiu em pleno sábado, em meio a uma viagem humanitária que o afastou da capital, é porque algo de muito grave aconteceu e não podia esperar a volta de sua viagem, já amanhã, à Argentina e ao Uruguai.
É sinal de que via a casa em algum perigo se a deixasse vazia por três dias.
Depois do dia 8, não dá para dormir no ponto. E quem não defende a sua autoridade, já a perdeu.