O abre-não-abre confuso de João Dória e Bruno Covas em São Paulo ajudou a minar a credibilidade das medidas preventivas contra o novo coronavírus.
É o que se depreende do resultado de uma pesquisa do Ibope, encomendada pela Rede Nossa São Paulo, na qual a reprovação à ação do governador e do prefeito sobe, respectivamente, de 20 e de 21% para 35 e 36%.
Mas chama a atenção o crescimento, também da rejeição ao Ministério da Saúde, com as sucessivas trocas de ministro. Mais de um terço da população desconfiar a atuação da maior autoridade sanitária do país é algo grave e perigoso, pelo que gera de desobediência aos cuidados diante de uma epidemia.
Ninguém, porém, supera o descrédito – merecidíssimo – de Jair Bolsonaro, que tem rejeição de 66% e aprovação de meros 21%.
Estamos falando de São Paulo, onde o ex-capitão teve nada menos que 68 % dos votos válidos e ganhou em 97% dos municípios.
O desgaste de Bolsonaro, em apenas um ano de (des)governo íe imenso, mas o que lhe resta ainda é o suficiente para seguir como um tambão a outras forças de direita.