Cozinhando Funaro, Janot ou Temer?

pombos

O  Painel da Folha noticia que o ministro Luiz Edson Fachin devolveu ao  procurador geral Rodrigo Janot, para “emendas”, a delação de Lúcio Funaro, o operador de propinas do PMDB, que servirá de base à segunda denúncia contra Michel Temer.

Lauro Jardim, em O Globo, informa que as “emendas” foram feitas e a homologação da delação  “está prevista” para segunda-feira.

Homologada, mas mantida em sigilo, ao contrário de outras tantas que vazaram como encanamento velho, mal foram feitas. Só o que se soube, hoje, é que Joesley Batista teria pago a Funaro para permanecer em silêncio, mas não há informação sobre a partir de quem e como se fez o pedido de “cala-boca” monetário.

De todos os lados, o que se vê é uma manipulação odiosa do princípio da igualdade de tratamento do Judiciário e seus satélites, MP e Polícia Federal.

Odiosa, inútil e perniciosa.

Embora não haja qualquer razão para crer que, como aconteceu da primeira vez, o resultado jurídico da denúncia vá ser diferente de zero, o político não é.

Os sinais de que a paralisia do parlamento, enfufucado apesar do presidente interino da Câmara marcar três sessões para a próxima semana, a do feriado da Independência para tentar aprovar a reforma política, começaram a ficar evidentes ontem.

Mesmo com o estilo trator adotado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira, nem mesmo a mudança na meta fiscal obteve o quorum necessário para ser votada a tempo, e não se diga que foi o horário. O Congresso brasileiro têm um longo e triste histórico de votações na madrugada que faça esta explicação bastar.

Ao que parece, foram-se o “dream team” da economia e a maioria parlamentar avassaladora, os dois grandes trunfos de Michel Temer.

A colheita maldita, um ano depois de consumado o golpe presidencial, não consegue produzir nem os frutos que o mercado esperava dela.

Sobraram as miragens de uma reforma previdenciária e privatizações a rodo que têm poucas chances de ocorrer até 2018 e a terra arrasada do país.

O projeto político das elites e do capital, hoje, é um só: impedir Lula de concorrer em 2018.

Porque impedi-lo de concorrer é a única forma de impedir que ele vença.

 

 

 

 

 

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