O resultado do Datafolha é demolidor para o antilulismo.
48% de intenções de voto no primeiro turno e 58% no segundo, abrindo 21 e 25 pontos, respectivamente, sobre o segundo colocado põe abaixo a história de que a rejeição ao ex-presidente – a Folha ainda não deu o resultado numérico – seria altíssima. Vai ficar na dezena dos 30%, provavelmente.
Também prenuncia uma maré de votos que, nos estados, vai empurrar os candidatos apoiados pelo ex-presidente, o que porá em alvoroço os que aderiram, no Congresso, ao atual presidente.
No Nordeste, os números são massacrantes: Lula tem 62%, contra 17% do atual presidente.
A distribuição de dinheiro via “Auxílio Brasil” não funcionou eleitoralmente, como esperava Bolsonaro: entre os que o recebem, Lula fatura 60%, contra apenas 20% do principal adversário. Pobre não vende voto para presidente, senhores da elite.
Mesmo entre os evangélicos, tidos erroneamente como uma praça inexpugnável de Bolsonaro, Lula encosta e fica em empate técnico: 39% a 36%.
Bolsonaro só vence entre os empresários (53% a 26%) e entre os que têm renda superior a 10 salários mínimos, onde marca 42% a 31% do ex-presidente.
O segundo turno é uma “lavagem”: Lula iria – porque com os números atuais, tudo termina no 1° turno – a 58%, contra os 33% de Bolsonaro, o que dá, em votos válidos, 63,7% do eleitorado, maior do que qualquer das vitórias anteriores do ex-presidente, em 2002 e 2006.
Se Bolsonaro já estava destrambelhado com pesquisas que lhe eram muito mais generosas, com o Datafolha – que é a maior bússula dos meios políticos – agora ele irá a (mais) loucura.