Os estoques brasileiros de gasolina estão baixos, porque há dois meses o país não importa este combustível por agentes privados, porque a diferença entre o preço doméstico e o internacional lhes daria prejuízo.
Isso, antes da guerra, que fez disparar o preço da gasolina.
O índice mais utilizado para o cálculo, o RBOB norte-americano, está com o comportamento que você vê acima. Aumento de quase 70% sobre as mínimas alcançadas em dezembro do ano passado e de 55% desde o início deste ano.
Isso, com o preço de ontem, porque neste momento o barril tem uma alta superior a 7%, só pela ameaça de suspenderem-se as importações de óleo russo para os EUA.
A solução de subsidiar a diferença de preço é brutal e é inexequível se pelo menos uma parte do preço não for compensada nas bombas.
Mesmo que sejam empregados nisso todos os R$ 37 bilhões que a Petrobras está pagando ao governo como dividendos de seu lucro recorde no ano passado, ainda assim não deve para cobrir nem três meses.
Se ficar dentro do que estimam analistas financeiros, será um valor 60% maior do que o despendido no pagamento do Auxílio Emergencial por mês que durar o subsídio.
E não vai cobrir, é claro, todos os reajustes de preços da cadeia do petróleo: plásticos, produtos de borracha, petroquímicos, etc.
O reajuste virá e não será pequeno.