Jair Bolsonaro, para ampliar as manifestações de seus adeptos, cada vez mais escassos, inventou a tal motociata, onde sujeitos de bolsos cheios e mentes vazias multiplicam com motocicletas a presença que já não conseguem.
Mais que motos, o que cavalgam são mortes, que sexta-feira, ou sábado, somarão mais de meio milhão, sem que relatórios falsificados possam fazer desaparecer uma montanha de caixões que, alinhados, formariam uma fila de mil quilômetros, faltando bem pouco para cobrir toda a distância entre o Rio de Janeiro e Brasília.
As falanges mortorizadas precisam ser detidas, e não só pelo morticínio ao qual dão apoio.
Elas são o desfile de um futuro sem liberdade, sem humanidade, onde a grosseria, a intimidação, a burrice e o desprezo à vida humana são as leis que nos aguardam.
Não sob uma ditadura militar, sob uma ditadura miliciana, os de militares só teremos generais decrépitos e recalcados funcionam como apenas um biombo onde policiais ferozes e adoradores das balas sejam a verdadeira força armada do governo.
Evitar esta catástrofe não é uma opção, é uma imposição para qualquer um que creia na vida.
O dia 19 é a resposta necessária que se precisa dar, para que sobrevivam brasileiros, brasilidade, liberdades e civilização.
Saímos para ir ao trabalho, ao mercado, para atender, com todos os cuidados possíveis, às necessidades imperiosas.
E o que será mais necessário que a vida, a liberdade, que nossos filhos e netos tenham um país e não um circo de horrores para viver?
O “verás de um filho seu não foge à luta de nosso hino” será um verso vazio se não se engrossar os atos de defesa da democracia contra aquele que, eleito por ela, sempre foi seu inimigo.
Não é uma opção, é um dever.