O site jurídico Conjur noticia o jogo de empurra que se criou no Supremo Tribunal Federal com o pedido, feito pela mulher do ex-juiz Sergio Moro, para que seja anulada p acesso do ex-presidente Lula aos diálogos entre seu marido e o procurador Deltan Dallagnol e deste com os demais procuradores da Lava Jato, sob o argumento de que seria Luiz Edson A-ha Uh Fachin o responsável por decidir sobre o pedido da defesa do ex-presidente, e não Ricardo Lewandowski. que o fez.
É o esperneio jurídico dos que não têm razões morais para evitar que seu comportamento venha a ser examinado, pela Justiça e pela sociedade, ainda mais vindo de quem dizia que expor o conteúdo de “grampos” judiciais, inclusive fora daquilo que havia sido autorizado formalmente, era um dever de transparência para com a sociedade, como fez Moro ao divulgar escutas de Dilma Rousseff não autorizadas pelo Supremo.
Sergio Moro pode agarrar-se a qualquer filigrana jurídica, mas isso não apaga o fato de que sua legitimidade como juiz nos processos de Lula está inabalavelmente atingida.
Não há ministro no Supremo a quem venha ser designado pronunciar-se sobre o ato de Lewandowski que não o reconheça legítimo, exceto – e talvez – Luiz Roberto Barroso, que se ombreia com Fachin em parcialidade lavajateira uma vez que o processo não pode ser submetido a Luiz We Trust Fux que, presidente da corte, não concorre nas distribuições judiciais de reclamações.
Moro está derrotado politicamente e como a política foi a peça-chave na sua supremacia jurídica, está derrotado, agora, na Justiça.
A sua suspeição será votada na 2ª Turma do Tribunal nas próximas semanas, não há mais como evitá-lo. Dos dois votos contrários a ela, é possível que um – o da Ministra Cármen Lúcia, se retrate e a reconheça, deixando possível um placar de 4 a um contrário ao ex-juiz.
Segredo era para quatro paredes, esqueceram-se os lavajateiros. Como se esqueceram de como segiem os versos de Herivelto Martins: Primeiro é preciso julgar / Pra depois condenar.