Economia, sem renda e com medo, segue ladeira abaixo

A Sondagem do Consumidor, índice da Fundação Getúlio Vargas que mede a confiança e a intenção de compras do consumidor brasileiro caiu, pela terceira vez consecutiva, e caiu forte.

6,5% em relação a agosto e quase 8% em relação a setembro do ano passado, quando a economia ameaça engrenar uma recuperação do tombo causado pela Covid.

É ainda pior, porque, embora haja queda na avalização da situação atual, as expectativas para os próximos meses – que influencia a decisão de compras de produtos mais caros, parceladamente – teve um tropeço ainda maior: quase 10 pontos.

São sinais assim, como se observou aqui ao tratar a razão pela qual, apesar do aumento da Taxa Selic, o Banco Central optou por manter os juros abaixo da inflação corrente.

Inflação e desemprego continuam sendo os fatores essenciais, mas agora temperados fortemente com a crise hídrica e a instabilidade política, avalia Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens da FGV. E é pior, como se esperava, para os mais pobres:

A queda foi determinada pela combinação de fatores que já vinham afetando a confiança em meses anteriores, como a inflação e desemprego elevados, e de novos fatores, como o risco de crise energética e o aumento da incerteza econômica e política com impacto mais acentuado sobre as expectativas em relação aos próximos meses. O pessimismo é maior entre as famílias de menor poder aquisitivo – cujas expectativas em relação à evolução da situação econômica geral são as piores desde abril de 2016 – mas é bastante disseminado entre todas as faixas de renda.

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